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MPF pede condenação de Júlio Cocielo por publicações racistas na web

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Júlio Cocielo em foto para o Instagram

O caso teve início em 2018, após comentário racista de Júlio Cocielo contra Kylian Mbappé

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/1/2024 - 20h35

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação de Júlio Cocielo após identificar nove publicações racistas do influenciador nas redes sociais. Os comentários preconceituosos foram compartilhados pelo youtuber em seu perfil no X [antigo Twitter]. O alvo foi o jogador francês Kylian Mbappé.

A atualização foi divulgada nesta quarta (3). O processo está na fase final na primeira instância e teve o sigilo suspenso em dezembro de 2022. O influenciador pode pegar uma pena de até cinco anos de prisão se for condenado.

O caso começou na Copa do Mundo de Futebol de 2018. Na ocasião, Cocielo disse que Mbappé "conseguiria fazer uns arrastões top na praia". O youtuber foi repreendido por internautas e compartilhou um pedido de desculpas.

Após a repercussão, Cocielo deletou cerca de 50 mil tuítes de seu perfil. Em uma das postagens denunciadas, o influenciador escreveu: "O Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Já que é proibido, a única solução é exterminar os negros".

"Ainda que o réu seja humorista, não é possível vislumbrar tom cômico, crítica social ou ironia nas mensagens por ele publicadas. Pelo contrário, as mensagens são claras e diretas quanto ao desprezo do réu pela população negra", afirmou o procurador João Paulo Lordelo, nas alegações finais apresentadas pelo MPF na 1ª Vara de Justiça Federal de Osasco.

"O réu, sem qualquer sutileza, reforça estereótipos da população negra --miseráveis, bandidos e macacos-- não havendo abertura, em seu discurso, que permita entrever alguma forma de sátira. Não é humor; é escárnio", continuou.

A denúncia foi apresentada, inicialmente, pelo Ministério Público de São Paulo. O Tribunal de Justiça de São Paulo, contudo, rejeitou a acusação contra Cocielo em 2021. No ano seguinte, a responsabilidade foi transferida para o MPF.

Notícias da TV tentou contato com Cocielo, mas não obteve resposta até o momento de publicação do texto.


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