NO ENCONTRO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Juliana Paes teve dados íntimos expostos por profissionais que deviam zelar por sua integridade
Juliana Paes usou sua participação no Encontro desta segunda-feira (27) para manifestar seu apoio a Klara Castanho. Assim como a jovem, que teve o caso do estupro que sofreu, da gravidez e da decisão de doar o bebê para adoção exposto por funcionários do hospital onde fez o parto, a veterana também teve de enfrentar um vazamento de dados íntimos. Juliana contou que a funcionária de um laboratório entregou o resultado positivo de seu teste de gravidez para a imprensa.
"Eu sei que o assunto [o caso Klara Castanho] foi abordado no primeiro bloco, mas eu não queria deixar de ter a oportunidade [de falar sobre], porque eu já passei por coisa parecida, de ter algo que eu não queria mesmo que fosse exposto. Quando eu estava grávida, foi o próprio laboratório que acabou divulgando. Isso nem se compara com o caso de Klara Castanho, claro", revelou a artista.
Juliana também se mostrou furiosa com pessoas que fazem juízo de valor sobre experiências alheias. Para a atriz, as pessoas públicas são as que mais sofrem com isso. "O julgamento adoece, deprime e até mata", afirmou ela.
"Não é porque a pessoa é pública que ela faz um apelo para ter a vida esmiuçada em todos os momentos. A gente escuta muito isso: 'ah, quem manda ser famoso?'. Não existe nada mais cruel do que escutar isso. Perceber que você ser famoso fica menos humano. Você é menos gente por ser famoso?", questionou.
"As dores são as mesmas, e o respeito deve ser o mesmo", completou Fátima Bernardes. "Parem de julgar e parem de achar que o famoso tem que ter toda a vida esmiuçada, falada. A gente é famoso porque isso é um reflexo do nosso trabalho. Isso não é uma coisa que a gente busca, almeja. Pelo menos, eu falo de mim como atriz e de muitas outras colegas", completou.
A artista, que também é defensora para Prevenção e Eliminação de Assuntos de Violência contra a Mulher da ONU (Organização das Nações Unidas), manifestou pesar com a situação.
De acordo com a carta aberta que publicou nas redes sociais, Klara foi estuprada. Ela tomou a pílula do dia seguinte e fez alguns exames. A artista só descobriu que estava grávida poucos dias antes do nascimento do bebê. Ela optou por fazer o parto e entregar a criança para adoção, seguindo todos os trâmites legais.
Segundo apurou o Notícias da TV, o marido de uma enfermeira que atuava no hospital em que aconteceu o parto tentou vender a informação para a RedeTV!, Record TV e colunistas. Apesar de o assunto não ter sido divulgado nos veículos na época, Leo Dias disse, durante entrevista ao The Noite na semana passada, que viveu um "dilema profissional" por causa de uma atriz que engravidou e deu o bebê para a adoção.
Nas redes sociais, Antonia Fontenelle deu mais detalhes do caso --inclusive a idade da atriz, de 21 anos. Os internautas relacionaram as informações com o sumiço de Klara de seus próprios perfis na web. A ex-atriz mirim, então, esmiuçou o ocorrido em uma carta aberta.
Juliana revelou admiração pela coragem de Klara. "Isso [ter de se explicar nas redes sociais] acontece mais do que a gente imagina. Então é como se nossas escolhas tivessem de sempre ser terceirizadas, como se a gente sempre tivesse que passar pelo crivo de alguém. Eu só queria deixar aqui, publicamente, porque eu acho também que tem uma hora em que a gente não quer falar, que a pessoa quer paz", completou ela, ainda no Encontro.
"Eu acho que, nesse momento, só resta para nós entregar o nosso afeto, o nosso carinho, o nosso apoio no que podemos fazer. E, se não for possível fazer nada, o silêncio já é bom", afirmou a apresentadora do matinal. "E vamos cuidar da nossas vidas, né? Cuida da sua vida!", encerrou Juliana.
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