MUSICAL CHATÔ
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Giselle De Prattes interpreta Carmen Miranda no musical Chatô e os Diários Associados
Cada vez mais focada na retomada de sua carreira artística, Giselle De Prattes decidiu encarar um desafio que faz muito veterano tremer na base: o teatro musical. Ela está em cartaz com Chatô e os Diários Associados - 100 Anos de uma Paixão, no Rio de Janeiro, e interpreta ninguém menos do que Carmen Miranda (1909-1955) na peça que celebra o centenário do conglomerado de mídia fundado por Assis Chateaubriand (1892-1968).
"Eu estava morrendo de saudade, confesso. De sentir o calor, a reação da plateia, depois de tanto tempo. Eu não fazia teatro havia dez anos. Antes de toda sessão, vem o friozinho na barriga, um certo desespero que precisa existir no ator, que é muito gostoso de viver, é uma cachaça (risos)", compara a atriz em entrevista ao Notícias da TV.
Giselle admite que não sabia tanto sobre a história de Chatô e que se surpreendeu ao estudar o magnata na sua preparação para o trabalho. "Ele era um louco, mas muito destemido, bancou as certezas dele em um momento supercomplicado, até politicamente. E foi assim até o fim da vida, mesmo quando não tinha condições de falar, estava ali batalhando", elogia.
"Sinto que muitas pessoas que vão assistir à peça não sabem nem o pouquinho que eu já sabia sobre ele. Então, poder contar essa história tem sido maravilhoso, trazer a importância da comunicação para um público que muitas vezes é leigo... Se hoje a gente tem a cultura da novela, é porque lá atrás o Chatô apostou na radionovela. Pensando na cultura do Brasil, esse homem deixou muitas coisas para a gente", valoriza a atriz.
Além de compartilhar os feitos de Chateaubriand com mais pessoas, Giselle também tem a missão de dar vida a Carmen Miranda --uma figura conhecida até mesmo pelas novas gerações, que passaram longe de ver a pequena notável em ação. "É uma mulher mítica, né? Todos os dias, antes de entrar em cena, eu faço minhas orações e fico muito emocionada. Penso no prazer que é poder fazer essa homenagem."
A mãe de Nicolas Prattes faz questão de ressaltar que não tenta imitar a artista no palco. "Não dá para fazer igual porque ela era muito única, mas eu faço a minha homenagem a ela dentro do que eu consigo. Faço próximo, com todo o respeito. Eu me sinto extremamente privilegiada e honrada, todo dia entro pedindo bênção e licença. Porque a Carmen é muito especial."
E também é gostoso sentir que qualquer coisa relacionada a Carmen Miranda o público vai receber com muito carinho, isso não tem preço. Você já entra no palco com a simpatia da plateia. Então, teoricamente, você não precisa fazer muito, mas você quer fazer mesmo assim para honrá-la.
Em temporada curta, o musical fica em cartaz até este fim de semana no Teatro João Caetano (Praça Tiradentes, s/n - Centro), no Rio de Janeiro. As sessões acontecem nesta quinta (24) e sexta (25), às 19h, sábado (26), às 15h e às 19h, e no domingo, às 17h. Os ingressos custam entre R$ 20 e R$ 60.
Depois, o espetáculo vai viajar por outras cidades do país --em São Paulo, a previsão é de que ele seja montado entre junho e agosto. Giselle adianta que já recebeu o convite para outro projeto musical depois de Chatô, mas que ainda não pode revelá-lo. Ela também está na expectativa para o retorno de Reis à Record --já que vive Basemate na próxima temporada da história bíblica.
"Por mais que a série já esteja disponível no Univer Vídeo, a gente sabe que o grande público vê mesmo na TV aberta. Então, estou muito ansiosa pra ter essa resposta, entender como vão reagir à história da Basemate", conta.
A atriz pretende conciliar trabalhos na TV com o teatro --e também não recusa convites para o cinema. "O caminho ideal para mim é esse, poder conciliar as agendas, não ficar só em um formato. Eu canto, eu danço, por que não usar isso também? O teatro musical é uma arte que eu amo; é muito cansativo, é intenso, mas é muito gostoso fazer, poder contar boas histórias", aponta.
"E mesclar isso com projetos na TV e no cinema também. O ideal é que a gente sempre tenha trabalho, ter uma agenda constante. Porque não é só para ganhar dinheiro, não é só para aparecer. É amor, é paixão, é vocação. Quando a gente coloca o coração ali, tudo é muito diferente. Conseguindo pagar as contas e sobreviver do seu trabalho, é ainda melhor", diz ela.
"A gente vive desse frio na barriga, do nervosismo. Essa vida Maria do Bairro (risos). E estamos aí, mantendo a roda girando, porque ela não pode parar", crava Giselle, bem-humorada.
© 2025 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.