Filha de Ana Maria Braga explica posição contra vacina: 'Cada um toma sua decisão'

Após ter classificado a vacinação contra Covid-19 como "agenda satanista", Mariana Maffeis tentou justificar seu posicionamento. A filha de Ana Maria Braga falou que não é contra vacinas, mas não quer deixar sua vida na mão de um governo. "Cada um toma sua decisão e convive com a consequência", afirmou.

Após o Notícias da TV publicar as respostas que Mariana deu a seguidores sobre vacinação, ela apagou um dos comentários que havia feito em um post em seu perfil no Instagram --o que afirmava que a vacinação contra Covid-19 é um "Absurdo total. Agenda satanista".

A professora de ioga também demonstrou ser contra a obrigatoriedade de vacinação para crianças e indicou perfis de médicos que divulgam fake news sobre vacinas --um deles relacionou a vacinação ao aumento de diagnósticos de autismo nas últimas décadas, sem comprovação e de forma irresponsável.

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A vacinação contra Covid-19 não é obrigatória em território brasileiro, mas indicada para o controle da disseminação do vírus e para a segurança e imunização da população, de acordo com pesquisas e dados científicos que comprovaram sua eficácia. Neste ano, o ministério da Saúde anunciou que a imunização contra o coronavírus será incorporada ao calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2024.

Após a repercussão de seus comentários, Mariana deu a seguinte resposta a uma seguidora que perguntou a opinião dela sobre vacinas: "Não sou anti nada. Que fique claro. Cada um toma sua decisão e convive com a consequência. Saúde é uma questão pública, sim, mas cada um deve a si mesmo sua saúde; não colocarei minha saúde na mão de nenhum governo. Simples".

Nesta quinta (14), Mariana publicou um vídeo no Instagram para falar do que chamou de "incidente" em sua conta. "Sobre especificamente a obrigatoriedade da vacina da Covid para crianças e bebês... Essa obrigatoriedade está sendo questionada no mundo inteiro. Tem até médico de fora daqui empreendendo uma cruzada para tentar evitar que essa obrigatoriedade seja aplicada", disse. "Eu não sou anti-vacina e não quero levantar bandeira nenhuma. Quero só viver minha vida", afirmou.

A filha de Ana Maria Braga ainda falou que "o vírus não apresenta um risco à vida de bebês e crianças", declaração que está incorreta.

De acordo com o Instituto Butantan, entre 2020 e 2021, 1.439 meninas e meninos de zero a 5 anos morreram por complicações respiratórias provocadas por Covid-19 no país. Neste período, a vacinação contra Covid-19 ainda não estava autorizada a esta faixa etária. Entre 1/1/22 e 11/12/22, 314 crianças menores de 6 anos morreram de Covid-19, segundo a Fundação Oswaldo Cruz.

Nísia Trindade, ministra da Saúde, declarou que a inclusão da vacina contra Covid-19 no Programa Nacional de Imunizações para menores de 5 anos (e outros grupos de risco) é uma medida que considera o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças no Brasil.

"Trata-se de dar à vacina contra a Covid o mesmo status das demais vacinas do PNI, porque é uma vacina eficaz e efetiva. Isso [a inclusão] considera os dados epidemiológicos existentes no país em relação à Covid. Foram identificados mais de 3 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em menores de 1 ano, e mais de mil nos de 1 a 4 anos", disse a ministra.