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LUTO

Fernanda Lima chora morte do pai por Covid-19: 'Sempre foi meu maior fã'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Fernanda Lima usando um boné para trás abraçada ao pai, Cleomar Lima

Fernanda Lima ao lado do pai, Cleomar Lima, que morreu após quase 120 dias internado por Covid-19

REDAÇÃO

Publicado em 18/7/2020 - 16h51

Fernanda Lima usou as redes sociais para lamentar a morte de seu pai, Cleomar Lima, aos 84 anos neste sábado (18). O advogado estava internado há quase 120 dias após contrair Covid-19. A apresentadora relembrou a trajetória do patriarca e agradeceu tudo o que ele fez por ela em vida. "Tu sempre foi o meu maior fã confesso", escreveu ela.

A mulher de Rodrigo Hilbert postou uma imagem do parente ainda jovem durante um jogo de basquete. "Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid-19 e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo", afirmou.

Ela ainda publicou um vídeo com vários momentos de Cleomar com a canção Preciso Me Encontrar, de Cartola (1908-1980), ao fundo. "A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti, ouvindo essa músic que tu tanto adorava", rememorou.

A âncora do Amor & Sexo lembrou todo o carinho que o pai tinha por seu companheiro e filhos. "Obrigada pelo amor e pela presença intensa que tu dedicou a mim e aos meus irmãos e depois à família que eu construí. Teus netos têm orgulho de ti e estão sentindo essa grande perda, mas sabem que tu precisava descansar", disse.

A artista também se queixou de que Cleomar tenha visto sua herdeira, Maria Manoela, apenas uma vez.  "Quanto à Maria, tua netinha tão aguardada, ela vai saber direitinho quem tu era. Eu terei muitas histórias para contar do vovô careca. Ela vai rir muito. Meu grande lamento é vocês terem se visto apenas uma vez desde que ela nasceu", declarou.

Ela viajou para Porto Alegre (RS) com sua família para uma cerimônia reservada. "Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, para gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu", prometeu. "Descansa, paizinho", finalizou ela.

Confira abaixo a homenagem de Fernanda ao seu pai:

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Descansa pai. Paizinho, a primeira foto que escolhi para te homenagear foi essa, pq ela sempre me impressionou pela tua garra nesse salto. Com o tempo eu fui enxergando outras virtudes: a força, a coragem, a determinação, a perseverança e a tua disciplina contida na mesma imagem. Tu foi assim no nosso cotidiano. Nesse jogo de basquete tu tinha 19 anos. Estava na batalha para vencer na vida e sair da pobreza que te acompanhou desde a Lapa no RJ de 1936, quando tu nasceu. Felizmente o basquete te salvou. Te levou pro mundo e finalmente pra Porto Alegre onde tu conheceu a mãe e onde minha história de fato começa. O basquete ficou pra trás e tua luta te levou à faculdade de Contabilidade e depois a de Direito. Acabo de saber por uma tia querida que tu levava a máquina de datilografia para a beira da praia e trabalhava enquanto todos se divertiam. Tudo pra nos dar uma vida com mais conforto. De alguma maneira essa foto me acompanhou e me deu força até o dia de hoje, quando tu resolveu descansar. Ela seguirá me guiando até o meu fim. Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo. A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também. Espero que tenhas ouvido tudo que falei no teu ouvido. Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu. Sim, por que a tua felicidade não cabia num sorriso. O seu corpo inteiro vibrava de alegria. Braços pra cima, abertos e balançando de euforia. Sempre. Com todos. [Continua nos comentários]

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