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NA FAIXA

Felipe Neto abre mão de mordomia na Copa do Mundo e se explica: 'Tudo pago'

REPRODUÇÃO/

Foto de Fleipe Neto

O influenciador Felipe Neto; ele foi convidado por uma marca para assistir a Copa na faixa

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 22/11/2022 - 20h40

Felipe Neto revelou nesta terça (22) que recusou o convite de uma marca para viajar até o Catar para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Segundo o influenciador, ele recusou a mordomia por uma questão de princípios. "Não tenho nada contra quem foi, é uma questão minha", explicou.

"Não posso lutar tanto pelas questões de direitos humanos, por todas as pautas e lutas que luto aqui no Brasil e ir para um país como o Catar fazer festa. Isso acabou falando mais alto. Achei melhor ficar por aqui", justificou ele, em seu perfil oficial no Instagram.

Felipe, porém, fez a ressalva de que pode até desembarcar no país do Oriente Médio em uma ocasião diferente."Isso indica que nunca vou visitar um país como esse? Não", acrescentou.

Eu posso querer fazer uma viagem cultural, querer conhecer, mas para Copa do Mundo, fazer festa, um evento que eu discordo completamente de ser realizada lá? Decidi não ir.

A realização do mundial no Catar foi questionada pela comunidade internacional, por conta da violação de uma série de direitos humanos por parte do estado. Além das obras construídas com trabalho análogo à escravidão, a homossexualidade também é criminalizada por lá.

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) também não permitiu que jogadores protestassem contra as sanções aos LGBTQIA+. A Seleção Inglesa chegou a se ajoelhar num ato contra o racismo, mas o capitão Harry Kane não pode usar uma braçadeira com o arco-íris símbolo da comunidade.

Bandeira de Pernambuco

Victor Pereira, jornalista da TV Nova, afiliada da TV Cultura em Pernambuco, foi abordado pela polícia do Catar nesta terça-feira (22) ao carregar uma bandeira de seu Estado. Os catarianos confundiram o arco colorido estampado com o símbolo da bandeira LGBTQIAP+. O país-sede da Copa do Mundo criminaliza relações afetivas entre pessoas do mesmo sexo.

"Fomos abordados por conta da bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris, e acharam que era a bandeira LGBT", contou Pereira, através das redes sociais. A bandeira do Estado nordestino tem na estampa um arco com as cores verde, amarela e vermelha. 

De acordo com o relato, a polícia e alguns cidadãos o abordaram de maneira agressiva e o obrigaram a apagar o vídeo que ele gravou do momento em que foi confrontado. "Tomaram o meu celular e só me devolveram quando deletei", afirmou ele.

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