CAROL DIAS
DIVULGAÇÃO
Carol Dias deixou de lado os trabalhos de apelos sensuais e hoje atua como coach de autoestima
GABRIEL PERLINE
Publicado em 25/10/2018 - 5h26
Carol Dias decidiu romper o silêncio sobre os bastidores do Pânico. A ex-panicat revela ter sido humilhada e xingada de gorda ao longo dos cinco anos em que trabalhou no extinto programa. Resultado: contraiu depressão, desenvolveu síndrome de pânico, e ainda luta contra a doença. "Vou ao psiquiatra e tomo remédio até hoje", afirma.
O estopim que desencadeou uma crise na ex-assistente de palco foi quando uma diretora, que ela não quis citar o nome, a detonou por estar com as curvas mais fartas durante um intervalo da atração.
"Ela começou a gritar comigo, dizendo que eu estava gorda. Foi em 2016, na frente das minhas amigas. Eu tinha engordado um pouco. Mas acho que ela poderia, com delicadeza, me chamar num canto e me falar. O Emílio Surita nunca me chamou a atenção para nada e sempre me elogiava. As meninas [ex-panicats] ficaram chocadas na época com essa diretora, que veio falando que eu estava gorda, cheia de celulite e que precisava me cuidar. Isso me magoou muito", relata.
Embora seja muito grata à cúpula da trupe por ter integrado o humorístico ao longo dos últimos anos, Carol aponta a pressão pela forma física impecável como o principal agravante de sua crise. Ela relata que existia uma cobrança para manter-se extremamente magra. "Minha saúde psicológica foi por água abaixo."
A ex-panicat decidiu procurar um psiquiatra, que a diagnosticou com depressão e síndrome do pânico. O estágio das doenças estavam tão avançados que o profissional a internou. Por 15 dias, não deu as caras na TV e foi proibida de colocar os pés para fora de casa. "Quando voltei ao programa, muitos não tiveram a menor consideração e me ignoraram", lembra.
No entanto, a maior parte das humilhações sofridas foram provocadas por outro diretor, que ela também prefere não citar o nome. "Tenho um repúdio gigante dele, um cara extremamente machista e que falava coisas sem o menor cabimento", desabafa.
Ela conta que durante as gravações externas ela se sentia tratada pior que um lixo. Já foi obrigada a tirar a roupa contra a sua vontade, participou de quadros que ela não concordava e sofria com os comentários de teor misógino proferidos pelo tal diretor.
Após passar anos sofrendo em silêncio, ela decidiu pedir demissão para se ver livre das humilhações cotidianas e também para cuidar de sua saúde. Ela conta que seu psiquiatra a encorajou a se desligar do programa para ter sucesso na cura da depressão e da síndrome do pânico.
"Criaram o reality Largagas e Peladas, e me colocaram como apresentadora. Isso foi a gota d'água para mim. Vi as outras panicats sendo obrigadas a ficarem completamente nuas, participando de brincadeiras sem sentido e sendo humilhadas. Fiquei quatro dias e pedi demissão do programa em setembro do ano passado. Era um quadro de baixo nível e eu estava fazendo aquilo contra o meu coração, pois estavam tratando aquelas mulheres como objetos", comenta.
Volta por cima
Carol Dias diz ter resignificado a sua vida e atualmente trabalha como coach de autoestima. Sua missão, segundo ela, é encorajar as demais mulheres a enfrentar os seus fantasmas internos e ajudá-las a elevar a autoestima.
"Me resignifiquei e trabalho como coach de autoestima justamente porque eu quero que as mulheres se sintam mais felizes e capazes, porque no Pânico eu não me sentia capaz. Eu sou master em PNL (programação neurolinguística), e a gente precisa entender que autoestima é tudo. Eu ajudo a elevar a beleza interna, para que as mulheres se sintam felizes e que entendam que a beleza é um conjunto de coisas da sua mente", afirma.
Nos vídeos que publica em seu canal do YouTube e no Instagram, ela incentiva as suas seguidoras a se amarem e a se respeitarem mais.
Em novembro, ela lançará um desafio fitness para ajudar aquelas que não estão se sentindo bem com seus corpos. Com o auxílio de um personal trainer e de uma nutricionista ela ajudará as seguidoras a emagrecer sem neuras.
"A ideia não é fazer nada mirabolante. Quero ver essas pessoas felizes consigo mesmas e cheias de energia para recuperarem sua autoestima", diz.
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