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MARIANA MARTINS

Ex-âncora da Globo que teve infecção ao trocar silicone quer ajudar outras pessoas

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Foto Mariana Martins

Mariana Martins em registro no Instagram; jornalista está em tratamento após contrair infecção

GABRIELA RODRIGUES

gaby@noticiasdatv.com

Publicado em 3/8/2024 - 14h00

Nesta semana, a jornalista Mariana Martins revelou ter sido infectada com uma micobactéria durante um procedimento para a troca de próteses de silicone. Agora em tratamento, a comunicadora explica que decidiu expor o ocorrido como forma de conscientizar outras pessoas. "Fiquei com muito medo", desabafa. 

Em entrevista ao Notícias da TV, a apresentadora, que tem passagens pela Record Goiás e pela TV Anhanguera (afiliada da Globo), diz ter total certeza de que a infecção foi contraída dentro do hospital onde realizou a cirurgia. 

"O hospital pagou os antibióticos que eu tomei até agora. A nutricionista me passou algumas vitaminas e suplementos para ajudar na imunidade, mas eles não quiseram pagar essa parte. O hospital emitiu uma nota em que diz não poder confirmar que a infecção foi contraída lá, mas qualquer infectologista atesta que é uma infecção de origem hospitalar."

Em nota obtida pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia explicou que "durante a inspeção, evidenciou que o hospital possui condições técnico-operacionais satisfatórias para funcionamento, não havendo risco iminente que justifique qualquer medida cautelar, como interdição".

Mariana, por sua vez, revela ter sido procurada por duas mulheres que também acusam a instituição depois de terem sido diagnosticadas com micobactéria. "O hospital se exime da responsabilidade de assumir que foi lá que eu contraí, mas está pagando meus antibióticos. Então, para mim, isso também é um atestado de culpa", diz ela. 

Ao G1, o hospital Med Plastic informou que "o relatório médico da paciente indicou que não foi possível confirmar que a infecção tenha origem no ambiente hospitalar, devido à complexidade em identificar a fonte exata da contaminação".

A instituição afirmou ainda que "segue todos os protocolos de controle de infecção hospitalar, incluindo medidas de vigilância epidemiológica e um plano de ação para prevenção de infecções".

Conscientizar 

Após realizar a cirurgia para retirar as próteses, Mariana está em tratamento e deseja ajudar mais pessoas com sua experiência. Ela admite que, no momento em que escolheu o hospital onde faria a troca do silicone, optou pelo local mais em conta. 

Eu falei para o meu noivo: 'Eu não consigo colocar a cabeça no travesseiro sabendo que eu poderia ter falado e poderia ter ajudado outras pessoas, trazido esse caso para discussão para que os hospitais melhorem o seu controle de infecção'.

"No meu caso, tinha esse hospital e tinha o mais caro. Se eu soubesse que o mais caro era o mais seguro, em relação à taxa de infecção, eu teria operado lá. A gente sabe que nenhum centro cirúrgico é livre de infecção, mas a gente deveria ter acesso a isso [à taxa de infecção]", avalia. 

"Eu me senti totalmente vulnerável, eu não sabia nem do que se tratava isso, eu nunca tinha ouvido falar. Eu não sabia o que poderia acontecer comigo, procurei um infectologista, fiquei com muito medo. Eu tinha todos os sintomas, uma ferida que não fechava, então já iniciamos o tratamento. Fiquei com muito medo", continua a apresentadora. 

Mariana explica que não sabe se irá colocar próteses de silicone novamente após o ocorrido, mas pretende passar por um procedimento para melhorar a aparência dos seios. "Depois que eu tiver alta dos antibióticos, eles liberam para colocar novas próteses. Eu não sei o que eu vou fazer ainda, vai depender de como vai estar minha saúde. Meu peito ficou muito estranho. Mesmo que eu não coloque [silicone], eu vou fazer uma [cirurgia] reparadora."

"Eu sinto algumas pontadas ainda, mas dor crônica, não. Depois que eu retirei as próteses, eu não tenho mais secreção. Os sintomas que eu tenho hoje são de desconforto por conta dos antibióticos", acrescenta. 

Entenda a infecção 

Ao Notícias da TV,  o médico cirurgião plástico Wendell Uguetto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica o que é a micobactéria com a qual Mariana foi infectada. 

"Os casos de pacientes contaminados com a micobactéria se tornaram muito comuns há uns cinco anos. A micobactéria é um tipo de bactéria que se tornou muito resistente. São bactérias que habitam os hospitais ou os instrumentais cirúrgicos. A partir do momento que você tem manipulação ou tem uma má esterilização desse material cirúrgico, contaminado por uma bactéria super-resistente que habita esse hospital, você pode ter a contaminação", exemplifica o profissional. 

"No caso da jornalista, o tratamento adequado é retirar esse implante e tratar com antibiótico específico. Muitas vezes, você consegue fazer uma cultura para entender quais antibióticos conseguem matar essa bactéria. Normalmente, elas são muito resistentes, então você tem que fazer uma associação de antibióticos para conseguir matar. Uma vez contida a infecção, ela pode colocar uma outra prótese", completa o médico. 

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