Estrela da Globo viveu tragédia familiar terrível: 'A dor humilha as pessoas'

Christiane Torloni passou por uma tragédia em sua vida pessoal. Em 1991, a atriz sofreu um acidente de carro na garagem de sua casa, e no veículo estavam seus dois filhos gêmeos, então com 12 anos. Um deles não resistiu ao impacto e morreu. Christiane sofreu muito com a situação e falou sobre o luto em várias entrevistas que deu desde então. "A dor humilha as pessoas", confessou ela.

A atriz foi casada com o diretor Dennis Carvalho entre 1977 e 1980, e eles tiveram dois filhos, os gêmeos Leonardo e Guilherme, nascidos em 1979. Em 1991, Christiane estava manobrando sua caminhonete na garagem de casa quando fez um movimento errado e perdeu o controle do veículo, que caiu de uma altura de 4,5 metros.

Ela e Leonardo sofreram ferimentos leves, mas Guilherme teve traumatismo craniano. O garoto não resistiu ao ferimento grave e morreu. Após a tragédia, Christiane teve depressão. Ela se mudou para Portugal e passou a fazer psicoterapia para lidar com a perda.

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"Fui para lá numa época em que precisava ficar quieta. Trabalhei, incomodei com a minha peça e voltei. Lá as coisas demoram muito para acontecer", disse ela em entrevista ao jornal O Dia, em 1994. 

A atriz voltou à TV em 1994, como Diná, a protagonista de A Viagem (1994). Segundo Lucinha Lins, que interpretou a irmã da personagem de Christiane na trama, um acontecimento curioso (e talvez sobrenatural) deixou a atriz muito emocionada durante uma cena. Tratava-se da sequência em que Diná velava o corpo de Alexandre (Guilherme Fontes), que seria cremado.

"Uma borboleta posou na ponta do caixão, na frente da Christiane. Tivemos que parar a cena. Ela rondou a Christiane várias vezes e pousou nela, que teve uma crise de choro atrás do cenário. Todos chorávamos pela cena em si, pelo que o nosso coração estava sentindo, pelo que a Christiane estava vivendo. Essa borboleta foi de uma delicadeza. Foi um alento para todos nós", recordou Lucinha Lins em entrevista à Quem.

Em 2019, Christiane deu uma entrevista ao programa Conversa com Bial em que relembrou a morte do filho. Ela explicou que precisou se afastar dos holofotes para viver o luto. 

"A dor, de alguma maneira, humilha as pessoas. Você se sente humilhado porque está exposto. Mas não temer o processo natural dos sentimentos é importante. Eu precisei me recolher", disse. 

Ela também contou que, quando conseguiu voltar a trabalhar, acessou os sentimentos doloridos em relação ao trauma que viveu para construir suas personagens. "De onde vem essa força de você rir, chorar? Você tem que ter uma integridade mental, emocional", afirmou.