MARKETEIRA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Virginia Fonseca e Zé Felipe: casados há três anos, eles são pais de Maria Alice e Maria Flor
Virginia Fonseca e Zé Felipe dominam as redes sociais. Herdeira de engajamento "das antigas", quando o Instagram, TikTok e Twitter não bombavam tanto, a influenciadora construiu um império capaz de impulsionar e salvar qualquer carreira --inclusive a do marido. Mesmo assim, o excesso de exposição e a alma de Kardashian podem causar efeitos colaterais ao cantor.
Se antigamente havia o esquema de comprar músicas na rádio e fazer parcerias com gravadoras, hoje o segredo é a viralização. Zé possui uma base de seguidores gigantesca, e seus últimos lançamentos foram impulsionados pela mulher com participação dela em clipes, criação de danças, presença em shows e publicações em massa das canções.
João Finamor, professor de marketing digital da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), conta ao Notícias da TV que o fenômeno Virginia, no Brasil, é o equivalente ao trabalho das irmãs Kardashians nos Estados Unidos. Kim, Khloe, Kourtney, e as irmãs Kyle e Kendall Jenner são milionárias, com grande parte da fortuna vinda da internet.
"Assim como lá elas dominam o digital, aqui no Brasil é a Virgínia. Ela é um dos nomes que realmente lideram essa influência. Dessa forma, nada melhor do que ela para divulgar o próprio marido", explica ele. "É um caso muito interessante pra gente ver que a associação de uma marca, trabalhando as redes da forma correta, reverbera muito bem no digital", diz.
"Se esse sucesso vai reverberar no offline, é algo que precisaria de um pouco mais de investimento. Será que o Zé Felipe e a gravadora não estão apostando muito apenas na viralização e trabalhando pouco a questão de marca?", reflete o especialista.
Vemos alguns shows não tão cheios, a galera não tão conectada com ele. Deveria ter mais investimento no posicionamento e descanso de imagem. Tudo que é exposto demais, é uma saturação.
Virginia produz conteúdo em excesso, algo bom para a exposição de sua marca, mas desgastante para uma carreira musical, segundo Finamor. O lançamento de sua linha de maquiagens, que teve o preço considerado abusivo, é um indicativo de que o marketing não foi totalmente estudado para prever esse tipo de crise.
"O grande sucesso da Virgínia é justamente a questão de ganhar a atenção das pessoas com os assuntos. Ela tem nesses conteúdos elevados o 'timing', que é quando a pessoa consome o conteúdo inteiro. Como ela tem uma boa estrutura de narrativa, as pessoas entendem facilmente", explica.
"A quantidade de conteúdo normalmente não é uma prática recomendada para quem está iniciando. É algo que funciona melhor para quem já está estabelecido no mercado e tem potência e voz. Vale investir em estratégias de nicho para a interatividade, e assim produzir menos conteúdo", conclui.
Em 2021, um ano depois de se casar, o filho do sertanejo Leonardo mais que dobrou o número de seguidores nas redes sociais. Hoje ele passa de 25 milhões, enquanto a influenciadora acumula 42 milhões. A canção Só Tem Eu, que marcou a primeira participação dela em um clipe de Zé, ainda é um de seus clipes mais vistos no YouTube.
O álbum de estreia do cantor é de 2014. Na época, ele ganhou divulgação no Domingão do Faustão (1989-2021). Sua carreira deu uma guinada em 2016, quando trocou a Sony Music pela Som Livre, e depois em 2020, após o casamento com Virginia. A partir daí, ele lançou praticamente uma música por mês durante anos --algo incomum.
Influenciado por Leonardo, Zé iniciou como cantor no sertanejo, mas não se sentia confortável com apenas esse tipo de música. A filha de Margareth Serrão o ajudou a migrar do country para o pop, funk, entre outros ritmos com batidas virais. Daí surgiram os hits Facilita Aí, Roça em Mim, Bandido, Toma Toma Vapo Vapo e Revoada no Colchão.
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