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Paulo Caruso em foto publicada em seu Instagram; cartunista morreu na manhã deste sábado (4)
Morreu na manhã deste sábado (4) o cartunista Paulo Caruso. O artista de 73 anos estava em internado no Hospital 9 Julho, em São Paulo, e trabalhava no programa Roda Viva, da TV Cultura, e na revista Época. De acordo nota dos familiares enviada pela emissora, o artista lutava contra um câncer.
"Internado há um mês para tratar das complicações de um câncer de cólon, contra o qual lutava desde 2016, Paulo não resistiu e veio óbito às 7h22", diz o comunicado (veja na íntegra no final do texto).
Sua última aparição no programa de entrevistas foi em 16 de janeiro, mas Caruso não fez suas caricaturas do estúdio, como de costume. No dia da entrevista com o escritor e jornalista Jorge Caldeira, o chargista trabalhou em home office.
"É com profundo pesar que a Fundação Padre Anchieta comunica o falecimento de Paulo Caruso, na manhã deste sábado (4), em São Paulo, aos 73 anos", diz o comunicado da TV Cultura.
Nascido em 6 de dezembro de 1949, ele era ilustrador, chargista e músico, além de cartunista, atividade que compartilhava com seu irmão gêmeo, Chico Caruso. Se formou em Arquitetura na USP (Universidade de São Paulo), mas não exerceu a profissão.
Aos 18 anos, os irmãos começaram a trabalhar como chargistas de jornal, em 1969, e foi nessa época que o envolvimento com política se tornou inevitável. Paulo desenhou no Diário Popular e colaborou com jornais como Folha de S.Paulo e Movimento.
Nos anos 1970, fez parte da equipe de O Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. Em 1988, passou a publicar a coluna Avenida Brasil na revista IstoÉ. Lançou um livro com o mesmo nome da seção em 1992, no qual reuniu charges políticas publicadas em jornais e revistas.
Também é autor de As Origens do Capitão Bandeira (1983), Ecos do Ipiranga (1984), Bar Brasil na Nova República (1986) e A Transição pela Via das Dúvidas (1989).
Em 1985, apresentou no Salão de Humor de Piracicaba sua banda montada só com cartunistas, unindo a música à paixão pelos desenhos. Recebeu prêmios como o de melhor desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994.
Vera Magalhães, âncora do Roda Viva, postou uma homenagem ao cartunista. Veja:
Descanse em paz e graça, Paulo Caruso. Obrigada por desenhar a história do Roda Viva. Que a família encontre conforto na lembrança e na obra gigantesca desse gênio brasileiro. Aqui uma singela homenagem da @tvcultura, de muitas que virão, com a sensibilidade do @bacana_henriquepic.twitter.com/724glo4q4S
— Vera Magalhães (@veramagalhaes) March 4, 2023
Confira uma entrevista do cartunista e seu irmão ao próprio Roda Viva, cedida em 2013:
Confira a nota enviada pela TV Cultura:
"É com profundo pesar que a Fundação Padre Anchieta comunica o falecimento de Paulo Caruso, na manhã deste sábado (4), em São Paulo, aos 73 anos.
Cartunista, caricaturista e chargista, Caruso esteve no Roda Viva desde 1987, emprestando seu talento às milhares de entrevistas no programa da TV Cultura. Com suas caricaturas e charges, Caruso faz parte da história política e social do Brasil.
Formado em Arquitetura pela FAU - USP, não seguiu carreira e começou como chargista no Diário Popular em 1960. De lá para cá, passou por diversos veículos de comunicação como O Pasquim, revistas Careta, Senhor e IstoÉ.
Entre os diversos livros publicados, destaca-se As Origens do Capitão Bandeira, 1983, e outros com cenas irônicas que acompanham a história política brasileira, Ecos do Ipiranga (1984) e Bar Brasil na Nova República (1986). Além disso escreveu também São Paulo por Paulo Caruso - Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade (2004), em homenagem aos 450 anos da metrópole.
Paulo Caruso recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 1994. Por sua habilidade para a sátira e para a caricatura, aliada à numerosa produção, sua obra é das mais conhecidas do país.
Internado há um mês para tratar das complicações de um câncer de cólon, contra o qual lutava desde 2016, Paulo não resistiu e veio óbito às 7h22.
O Cartunista deixa cinco filhos, um neto e o irmão gêmeo.
A família agradece o apoio de todos e comunica que o velório será realizado amanhã, 5 de março, a partir das 11h, na Funeral House, Rua São Carlos do Punhal, número 376."
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