Atriz de Mar do Sertão expõe transfobia em restaurante: 'Tratada no masculino'

Intérprete de Aleluia em Mar do Sertão, Jade Sassará expôs que sofreu transfobia em um restaurante no Rio de Janeiro na noite de quarta (8). A atriz fez um desabafo nos Stories do Instagram e mandou um recado aos cisgêneros (que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram). "Segunda vez que venho aqui e sou tratada no masculino", contou a artista.

Antes, a atriz havia compartilhado alguns momentos nos bastidores da Globo enquanto gravava a reta final da novela das seis. Ela apareceu até dançando ao lado dos atores Suzy Lopes, Lucas Galvino e Thardelly Lima --intérpretes de Cira, Mirinho e Vespertino, respectivamente.

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"Estava indo para casa, mas resolvi me levar para jantar", afirmou Jade também nos Stories. Depois, ela mostrou que estava em um restaurante saboreando sua comida favorita.

"Travesti não tem paz nesse Brasil, né? Nem quando a gente tenta se dar um mimo, se levar pra jantar, fazer um programinha gostoso. Não tem como. É a segunda vez que venho nesse lugar aqui, porque tem uma comida que eu gosto. Não vou deixar de frequentar lugares que eu quero ir, que tem coisas que eu quero consumir, que eu quero viver", ressaltou ela.

É a segunda vez que venho aqui e sou tratada no masculino, por pessoas diferentes. Não é nem pela mesma pessoa. É foda, a gente não consegue viver um momento tranquilo, um momento de prazer sem passar raiva.

Jade também fez um pedido: "Pessoas cisgênero do Brasil e mundo, se responsabilizem pela violência. A transfobia está na mão de vocês. Parem de jogar essa responsabilidade na nossa mão".

"Um brinde trans. Que possamos inventar futuros regados de prosperidade e afeto, mesmo com os desafios e violências que o caminho apresenta. Vamos ocupar muitos espaços", completou ela em outro vídeo.

Confira o desabafo:

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a criminalização da homofobia e da transfobia. Pela decisão do tribunal, declarações homofóbicas e transfóbicas poderão ser enquadradas no crime de racismo. A pena prevista é de um a três anos, podendo chegar a cinco anos em casos mais graves.

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