Acusada de matar amigo e roubar R$ 1 milhão, cantora assume crimes; vídeo

A cantora Maryanna Munhoz, acusada pela polícia de ter matado o amigo Marcelo do Lago Limeira e roubado R$ 1 milhão dele, assumiu que ocultou o corpo da vítima e usurpou sua identidade. No domingo (4), a artista negou que tenha assassinado o homem, mas detalhou como cometeu os demais crimes.

"O julgamento vai estar aí, as coisas vão aparecer. Nunca fui fria, nem calculista. Não acredito que seja assim, ainda não acredito", afirmou Maryanna em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, no Domingo Espetacular, da Record.

A cantora foi presa na última terça (30) e conversou com o jornalista após a detenção. Na entrevista, Maryanna explicou que cuidava do amigo após ele passar por uma cirurgia plástica.

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"Eu que dava a medicação porque ele estava se recuperando da cirurgia. Nesse dia, ele estava muito agitado, nervoso. Falei para ele: 'Vou deixar seus remédios aqui'. Deixei lá a medicação para ele tomar, não preparei. No outro dia, quando cheguei, fiquei apavorada porque pensei que eu tinha matado ele pelo fato de ele ter tomados os remédios. [Pensei] Que eu ia presa, não sabia o que fazer, comecei a ficar desesperada", desabafou.

Segundo a investigação policial, Maryanna teria envenenado Limeira com os remédios. Na entrevista, a cantora comentou que estava com medo de ser apontada como a responsável pela morte do amigo.

Por isso, ela buscou ajuda de outra pessoa, Ronaldo Bertolini, e a dupla tentou ocultar o corpo de Limeira em um imóvel no interior de São Paulo. "Ajudei ela a transportar o corpo até o local onde foi deixado [o cadáver]", admitiu o comparsa, que se entregou à polícia após a entrevista.

Prejuízo de R$ 1 milhão

Maryanna afirmou que tentou enterrar o corpo, mas não conseguiu, e depois queimou os restos mortais da vítima, jogados em uma rodovia. 

Após a morte, a artista passou a usar as contas e os cartões de Limeira. De acordo com a polícia, ela movimentou R$ 1 milhão do colega. "Saques, não. Compras, sim. Compras de mercado, ração para doação. Tinha um drama de consciência, mexia e está mexendo mais ainda", confessou ela.

Além disso, a cantora assumiu que tirou uma identidade com os dados de Limeira. "No começo, tinha que mostrar que ele estava por ali", justificou ela sobre a retirada do documento.

"As investigações apontam que você fez isso inclusive para poder ficar com os pertences do Marcelo, para roubá-lo. Você admite isso?", questionou Cabrini, e a cantora respondeu: "Está em investigação ainda. Não admito".

Confira a entrevista: