MÉDICO EXPLICA
REPRODUÇÃO/BAND
Adriane Galisteu durante entrevista; apresentadora revelou ter sido diagnosticada com doença
A apresentadora Adriane Galisteu revelou ter sido diagnosticada com otosclerose, doença que afeta um osso do ouvido. Por conta do quadro clínico, além da possibilidade de perder a audição, ela também estará em risco caso decida ser mãe novamente. "É muito comum os sintomas aparecerem ou piorarem bastante na gravidez", explica o médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros.
Ao Notícias da TV, o especialista dá mais detalhes sobre o diagnóstico recebido pela contratada da Record. "A doença afeta um dos ossículos da audição, que é conhecido por estribo. Nesse caso, ocorre um crescimento anormal de osso ao redor do estribo. O crescimento impede que o estribo vibre adequadamente, reduzindo a transmissão do som e, consequentemente, resultando na perda auditiva."
"É uma doença evolutiva, e o crescimento de osso vai se acentuando. Com o tempo, além de afetar os ossículos da audição, pode afetar parte da orelha interna e levar à surdez. Outros sintomas incluem tontura, zumbido e pressão em ouvido", continua o otorrino.
O médico destaca que o diagnóstico pode ter ligação com o histórico familiar do paciente. Muitas pessoas afetadas pela condição revelam ter parentes que sofrem ou já sofreram com otosclerose.
É uma doença genética. Metade de todos os casos é hereditária. Existe 25% de probabilidade de desenvolver otosclerose se um dos pais a tem, e 50% de probabilidade se ambos os pais sofrem com o mesmo diagnóstico.
Adriane Galisteu revelou o diagnóstico durante o primeiro episódio de Barras Invisíveis, documentário do Universal+ no qual ela conta detalhes de sua vida. Ela explicou que, por conta da doença, não pode realizar o sonho de ter mais um filho: ela já é mãe de Vittório Galisteu Iódice, de 13 anos.
"Com a gestação, ocorrem mudanças hormonais importantes. Essas mudanças influenciam na evolução da doença. É muito comum os sintomas aparecerem ou piorarem bastante na gravidez", diz o médico.
Segundo o médico otorrino, há tratamento para a doença da apresentadora. Em casos mais graves, os pacientes também podem ser submetidos a um procedimento cirúrgico.
"Temos medicamentos que podem ser utilizados para reduzir a velocidade de evolução do quatro. Há também a opção de fazer a substituição do estribo por uma prótese interna, o que é feito em sala cirúrgica. Aqueles que não desejam operar podem utilizar aparelhos auditivos para amplificar o som, mas em casos mais graves, com perda auditiva profunda, pode ser necessário a cirurgia de implante coclear."
"A perda de audição é minimizada com uso de próteses auditivas. Os sintomas de zumbido e de pressão em ouvidos exigem tratamentos com medicamentos, terapia sonora e outras reabilitações", acrescenta.
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