GENTILEZA?
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
William Bonner e Ana Luiza Guimarães na escalada do Jornal Nacional desta quinta-feira (21)
Boa parte do público brasileiro esperava ansiosamente por uma edição histórica do Jornal Nacional nesta quinta-feira (21). Afinal, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes. A expectativa era ver William Bonner anunciar a nova derrota do ex-presidente. O também editor-chefe do noticiário, porém, deixou a tarefa de ler a notícia para sua colega de bancada, Ana Luiza Guimarães.
O assunto praticamente dominou a escalada do telejornal --momento em que os dois âncoras apresentam os temas a serem abordados na edição do dia. Além do indiciamento de Bolsonaro e de outros 36 comparsas, Bonner e Ana Luiza só falaram sobre um míssil lançado pela Rússia, a guerra entre Israel e o grupo Hamas, e o pedido de perdão do governo aos negros escravizados.
"A Polícia Federal indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado", iniciou Ana Luiza na abertura do JN. "Abolição violenta do Estado democrático de direito", continuou Bonner, listando outro crime atribuído ao político. "E formação de organização criminosa com outras 36 pessoas", completou a âncora que substitui Renata Vasconcellos.
"Entre elas, o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto, candidato a vice dele na chapa derrotada nas urnas", citou Bonner. "E o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno", emendou Ana Luiza.
"Os indiciados são ex-integrantes, civis e militares, do governo de Bolsonaro", comentou o apresentador. "O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto", disse a jornalista. "E ainda quatro dos cinco presos, suspeitos de planejar um golpe de Estado e os assassinatos de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes", finalizou Bonner.
Depois da vinheta de abertura, também coube a Ana Luiza a missão de introduzir o tema mais importante do dia. "A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito", leu a âncora.
"O inquérito, entregue hoje ao Supremo Tribunal Federal, identifica uma organização criminosa que atuou de forma coordenada na tentativa de manter Bolsonaro no poder em 2022, depois de ele ter perdido a eleição", continuou, apresentando uma longa reportagem do repórter Vladimir Netto que listou todos os indiciados e sua relação com o ex-presidente.
Bonner surgiu ao fim da reportagem para falar o outro lado de Bolsonaro, que em uma rede social atacou Alexandre de Moraes e questionou os métodos do ministro. "Faz tudo o que não diz a lei, fecha aspas", leu o jornalista.
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