SAIA JUSTA
REPRODUÇÃO/GNT
Maju Coutinho no Saia Justa; jornalista abriu o coração sobre pressão pela maternidade
Aos 46 anos, Maju Coutinho confessou que sentiu durante toda a vida uma grande pressão para se tornar mãe. Apesar de ter decidido que não queria experimentar a maternidade, ela chegou até a congelar óvulos. A jornalista afirmou que repensou e deliberou o assunto algumas vezes, e sempre muda de opinião. "É difícil separar o que é genuinamente uma vontade do que é pressão", disparou.
Em conversa com Eliana Michaelichen, Tati Machado, Bela Gil e Rita Batista no Saia Justa de quarta (13), a apresentadora do Fantástico falou sobre conciliar carreira com ser mãe e a complexidade de decidir algo tão importante.
"Eu não fechei as portas, né? Eu já disse que não sei se quero, já tive dúvida, já disse que não queria, já repensei", afirmou. "O mais legal quando eu disse que não queria, que causou um furor, é que eu pude me ouvir. Quando você silencia, fala: 'eu não quero', as pessoas param de falar e você consegue entender o que você realmente quer", refletiu.
"O mais difícil é separar o que é genuinamente uma vontade e o que é pressão de uma cultura que diz que eu tenho que ser mãe", acrescentou ela. Um dos exemplos que Maju trouxe à roda foi Gloria Maria, que decidiu ser mãe quando realmente sentiu essa vontade. "E aí ela foi mãe, e foi feliz", apontou a apresentadora.
Apesar de ter ido e voltado na decisão de ser mãe algumas vezes, a jornalista contou que congelou óvulos, e explicou que o processo é bastante complexo e exige discernimento.
"Eu congelei óvulos, mas a sociedade não está preparada. Você tem que tomar aquelas injeções. Só que você tem que ir de acordo com o seu corpo, e às vezes você tem que tomar a injeção no trabalho. E ninguém sabe", revelou.
"E você pensa: 'eu vou falar, o chefe vai pensar que eu vou querer engravidar. Agora que eu já estou ascendendo na carreira'", afirmou ela. "Eu vivi esse dilema. Porque o remédio para congelar os óvulos, você tem que tomar na hora que o seu corpo diz, que o seu ciclo diz... Não é o horário que o seu trabalho diz", pontuou.
"Pode ser em qualquer horário. E a sociedade não está preparada, você não tem um abraço para essas [horas]. 'Olha, vem cá, abre o jogo, pode abrir, você não está sozinha'", explicou.
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