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SAIA JUSTA

Educação positiva? Rita Batista admite que se estressa com filho: 'Dou uns gritos'

REPRODUÇÃO/GNT

Rita Batista no Saia Justa

Rita Batista no Saia Justa; apresentadora deu detalhes sobre como lida com a criação do filho

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 7/11/2024 - 8h45
Atualizado em 7/11/2024 - 11h23

Sincerona, Rita Batista admitiu no Saia Justa de quarta (6) que ainda não consegue aplicar a educação positiva com o filho. Mãe de Martim, de sete anos, fruto do relacionamento com o ex-marido Marcel Suzart, ela contou que tem dificuldades de estabelecer limites e ser amorosa ao mesmo tempo. "Eu ainda dou uns gritos de vez em quando", confessou.

Em papo com a escritora e psicanalista Elisama Santos, a apresentadora desabafou sobre o medo que sentia de ter que criar outro ser humano para o mundo. "Quando eu estava grávida, eu não tinha preocupações com a gestação, com o parto... Eu me preocupava com o criar. Porque criar uma pessoa, pra mim, é uma das coisas mais difíceis", começou.

"Essa coisa de ser exemplo, dar limites, estabelecer vínculo, mas ao mesmo tempo nos impor como pai e mãe, ter autoridade sobre aquela pessoa que a gente cria. Eu sei que a gente fica o tempo todo equilibrando os pratos, girando tudo ao mesmo tempo", acrescentou ela.

"Eu não sou como vocês, eu gostaria, mas a minha comunicação ainda não é não violenta, eu ainda dou uns gritos mesmo de vez em quando", admitiu ela à profissional e às colegas de sofá do Saia Justa.

"Aproveito que falo grosso e ainda chamo na chincha real, como fui chamada. Eu fico pensando: como estabelecer esses limites sendo amorosa, mas com autoridade, com imposição? Porque assim, você é meu filho, eu quero ser muito próxima de você, quero que você me conte as coisas, mas você não é meu brother, não é meu parceiro", relatou ela.

A psicóloga, entretanto, afirmou que há uma confusão atualmente entre acolher o sentimento e a opinião da criança, e atender ao desejo dela mesmo que ele vá contra o dos pais.

"Eu falo com meus filhos: 'você não vai usar mais, acabou, o horário é esse'. Aí é: 'você não me entende, isso aqui é uma monarquia absolutista'. E aí eu entendo que ele está chateado, mas não é não. Se ele quiser conversar sobre o não, me dar um argumento muito plausível, eu estou aqui para ouvir. Ele não precisa ficar feliz que eu disse não", explicou.

"Nós estamos presenteando as novas gerações com crise de ansiedade quando a gente olha pros nossos filhos e fala: 'mas eu só quero que você seja feliz'. Qual é a receita para ser feliz? Porque quando teu pai te olhava e falava: 'eu quero que você seja advogado', você sabia qual era o caminho: passa no vestibular, entra na universidade, passo na OAB, me formo e vou ser advogado. Você é feliz o tempo inteiro? Porque eu não sou", continuou.

"Nenhuma decisão vai trazer só felicidade pros meus filhos. Eles vão ser felizes, angustiados, vão ter um pacotão de emoções absurdamente humanas que a gente não consegue abrir mão. Eu preciso entender que eles não vão ficar felizes com o meu não, mas é o meu papel dizer não", esclareceu.

Eliana concordou que nem sempre é possível se manter totalmente calma diante da criação das crianças. "Quem é que tem sangue de barata? Quem é que não perde o equilíbrio? Todo mundo! Tem a luz, tem a sombra... É natural que isso aconteça", complementou a apresentadora.


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