Debora Ozório rouba a cena em terceira novela e pode pedir música no Fantástico

Aos 28 anos, Debora Ozório tem despontado como um dos destaques de sua geração. Mesmo em papéis de coadjuvante, a atriz consegue conquistar a torcida do público com facilidade. Ela roubou a cena nas últimas três novelas que fez na Globo: Além da Ilusão (2022), Terra e Paixão (2023) e agora como a Celeste de Garota do Momento --já podendo até pedir música no Fantástico pelo feito.

O romance de Celeste e Edu (Caio Manhente) arrematou rapidamente o coração do noveleiro, que já torcia pelo casal quando eles apenas trocavam correspondências com os pseudônimos Olívia e Genoca. Manhente, aliás, também foi um dos destaques de Vai na Fé (2023) ao contracenar com Clara Moneke, a Katelícia.

A química dos atores e a boa trama dos personagens são um deleite para quem acompanha o atual folhetim das seis --algo que tem faltado nas novelas da emissora nos últimos anos, diga-se de passagem.

Debora Ozório também provou todo o seu talento nas delicadas cenas do relacionamento abusivo com Mauro (João Vithor Oliveira). A atriz conseguiu retratar muito bem a mudança de comportamento da mocinha romântica diante das maldades do patife. Há ainda a torcida para que Celeste enfim perdoe Lígia (Palomma Duarte), para que o telespectador aproveite ainda mais os momentos em que elas contracenam.

A desenvoltura de Debora também serve como prova de que ela já demonstra estar pronta para encarar uma protagonista de novela. Ela acumula uma boa experiência no formato e interpretou personagens bem diversas até agora, indo de tramas espíritas a bíblicas.

Ela começou a carreira na TV com pequenas participações. Fez Gilda --vivida por Leona Cavalli-- jovem em Totalmente Demais (2015), dividiu com Sthefany Brito o papel de Nitócris em O Rico e Lázaro (2017) e apareceu nos capítulos finais de Tempo de Amar (2018) como Alzira (Deborah Evelyn) na juventude.

O primeiro papel fixo foi como Pat em Espelho da Vida (2018). Também atuou nas séries Me Chama de Bruna (2016-2020) e Filhas de Eva (2021), além de surgir completamente diferente como Tamires em Gênesis (2021).

Debora voltou à Globo em Além da Ilusão, na qual comoveu o público com a paixão da idealista Olívia por um padre e também brilhou nas cenas em que descobriu ser filha de Heloísa (Palomma Duarte). Em vários momentos, a coadjuvante ganhou mais torcida do que a protagonista da história.

Ela teve um papel meio ingrato em Terra e Paixão; afinal, Petra começou a história provocando um certo "ranço" no público com o enredo do desmame dos remédios tarja preta. Só que ela virou o jogo quando veio à tona o motivo do vício: um abuso sexual nojento do próprio tio. Novamente Debora chamou a atenção em sequências difíceis e carregadas de drama --mesmo quando o roteiro de Walcyr Carrasco não ajudava muito.

Num momento em que influenciadores invadem a dramaturgia usando como trunfo apenas o número de seguidores, é preciso valorizar os artistas que mostram a importância do talento e da vocação para a atuação. Nesse quesito, Debora Ozório já dispara na frente.

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