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MISTÉRIO?

Mariana Goldfarb explica por que não revela nome do ex abusivo para seguidores

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Mariana Goldfarb explicou para seguidores neste sábado (11) por que mantém ex abusivo no anonimato

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 11/1/2025 - 17h14

Neste sábado, a modelo e influenciadora Mariana Goldfarb decidiu explicar para seus seguidores por que não revela o nome do ex-namorado com quem teve um relacionamento abusivo. Ela tem falado sobre o assunto desde novembro do ano passado, em uma tentativa de ajudar outras mulheres que vivem situações similares. Nunca, porém, explicitou quem seria a pessoa. 

Mariana abriu uma caixinha de perguntas no Instagram e se deparou com uma questão muito direta. "Por que não fala quem é o cara?", escreveu um seguidor não identificado. "Porque a causa é muito maior do que o cara. A causa é a parada. O cara não tem importância, entendeu?", explicou ela.

Para outra fã que questionou como superar a dor de um relacionamento abusivo se a pessoa tem filhos com o abusador, a ex de Cauã Reymond teve outra abordagem. "Nunca vai deixar de doer. Com filhos ou sem filhos. Com filhos, piora-se à 15ª potência, porque aí você tem um elo eterno e, para além disso, você tem o seu maior amor do mundo, uma extensão sua, que também vem desse pai", começou.

"Então, eu não posso ser leviana e dizer que vai deixar de doer, eu acho que não vai deixar de doer nunca. O que você pode fazer é encontrar ferramentas que te ajudem a passar pelo processo e entender que a tua vida é essa."

Uma terceira pessoa pediu ajuda à modelo: "Estou enlouquecendo! Como sair disso?". "O que me ajudou muito foi ter encontrado uma análise que me tirasse de um papel secundário para me colocar para enxergar quais eram os meus buracos que se atrelavam àquilo. O que meu encaixava na dinâmica desse tipo de relacionamento. A partir daí, eu pude ver muita coisa", ensinou Mariana.

Alguns seguidores identificaram, porém, uma indireta a Cauã Reymond nos posts da influenciadora. Ela compartilhou a mensagem "Todo o meu respeito ao jornalismo sério no Brasil", marcando o jornalista João Batista Jr. e a revista Piauí. Na edição de janeiro da publicação, o repórter fez uma longa exposição sobre o mercado de bets no Brasil e citou que Reymond fatura R$ 22 milhões por ano para divulgar uma casa de apostas.

Exposição sobre abusos

Em novembro, Mariana Goldfarb abriu o jogo sobre o relacionamento abusivo que viveu no passado. "A agressão psicológica não deixa marca visível. Fica difícil mostrar que você está passando por certas coisas, ou que passou por certas coisas, porque a olho nu você não consegue ver", declarou em entrevista ao podcast Bom Dia, Obvious, de Marcela Ceribelli.

"Era tão infernal a tortura psicológica, os tratamentos de silêncio eternos, aquela confusão mental, as noites sem dormir, o olho tremendo, cabelo caindo. Você não pensa em mais nada, o seu dia é 100% tomado em como fazer aquela pessoa te amar de novo", relembrou, com angústia.

Mariana contou que, no começo do relacionamento em questão, tudo era tranquilo e ela viveu uma fase de lua de mel que a fez cair na lábia do abusador. "Nesse momento, a gente se abre, a gente se vulnerabiliza, a gente fica exposta. Mas o jogo começou muito antes, porque ele te escolheu, ele já foi em você sabendo onde é que ele estava indo. Eu abri espaço, abri brecha na minha vida por não me conhecer bem", acrescentou.

A modelo afirmou que se considerava muito ingênua na época, e bastante influenciável pela sociedade e pela opinião das outras pessoas. "Eu ainda acreditava no romance, no filme, no homem que vai vir no cavalo branco. Tinha isso, essa parte morreu", declarou.

Mariana relatou os sinais que percebeu quando se tocou que a relação não estava indo bem. "O desconforto constante, a sensação de não saber a realidade, acho que vai dando uma angústia. Lembro de estar muito angustiada, de não ter respostas, de não entender o porquê das explosões. É nisso que a gente tem que prestar atenção, nos gritos, na 'bateção' de porta, em jogar alguma coisa na sua direção", observou.

Ela contou que vivia triste pelos cantos, cansada, e não sabia o quanto seu comportamento estava sendo influenciado pela própria relação. Ela só conseguiu deixar o ex abusivo quando buscou ajuda psicológica.

"Fui embora, falei: 'A gente conversa mais tarde'. Peguei tudo, botei tudo em saco de lixo, liguei para minha irmã, ela foi comigo, não estava conseguindo levantar do chão", pontuou.

"Terminar nessa situação já é quase um ato heroico, me sinto uma heroína. Fui bem fria no sentido de que falei que não iria levar nada, vou começar do zero, mas vou me ter e vou existir. É melhor do que virar um fantasma na sua própria casa, não se reconhecer, não olhar no espelho, não ter dignidade. Moro numa casa muito menor, mas moro muito bem, minha casa tem paz", concluiu.

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