Jojo Todynho expõe racismo após declarar posicionamento político: 'Não vou tolerar'

Jojo Todynho afirmou ter sido vítima de diversos ataques racistas depois de se declarar como uma "mulher preta de direita". A cantora revelou ter feito mais de 40 denúncias contra pessoas que não aceitaram seu posicionamento político e partiram para o xingamento. "Não vou tolerar", avisou ela. 

Em entrevista ao jornalista Leo Dias, exibida no Fofocalizando, a ex-Fazenda destacou que passou a ser perseguida principalmente pela comunidade LGBTQIA+ depois de postar uma foto ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mulher de Jair Bolsonaro. 

"Toda vez que acontece alguma coisa, o movimento LGBT, uma bolha, não todos, me ataca a troco de nada. Eles falam que eu sou pink money, que eu usei [a comunidade]. Quando saiu minha foto com a Michelle, me chamaram de macaca, de vagabunda, de filha da put*", contou. 

O racismo acontece todos os dias, não é só em novembro. Só em novembro é falado no Dia da Consciência Negra? Eu falei: 'Eu não vou tolerar ninguém me chamando de vagabunda'. Fiz mais de 40 registros na delegacia contra os ataques de racismo. 

"Eu sou vagabunda por quê? Alguém me viu rodando bolsinha por aí? Eu me deitei com algum familiar de alguém? Por que eu sou vagabunda? Virou moda [falar de mim]. Deixa o povo nessa moda. O meu foco é focar na minha saúde, nos meus estudos. Isso não me abala porque o tempo que as pessoas perdem me criticando, eu estou trabalhando", completou a funkeira. 

Mulher de direita 

Jojo Todynho assumiu seu posicionamento político em setembro, por meio de um live no Instagram. Na ocasião, ela fez críticas ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

"Sou preta, sim, e sou de direita. Sabe o que eu estou me sentindo? Livre! Não aguentava mais não poder falar! Eu queria poder falar, vocês já sabiam. Que loucura é essa? Meu discurso é esse. Vocês acham que é normal uma pessoa falar: 'Ele roubou para tomar uma cervejinha', um celular que você parcelou e vai ser roubado...". 

"Eu acho um absurdo nós termos que andar de carro blindado, segurança pública nós não temos, saúde nós não temos, educação nós também não temos, vergonha na cara vocês também não têm", continuou ela.