Menino de Bronze
Reprodução/TV Record
Luiz Bacci se emociona no programa de Gugu Liberato, onde foi homenageado, na terça (31)
DANIEL CASTRO
Publicado em 1/4/2015 - 5h15
A recontratação de Luiz Bacci pela Record gerou revolta e insegurança nos bastidores da emissora. Ontem (31), profissionais de diferentes níveis, de maquiadores a apresentadores, demonstravam indignação com a notícia de que Bacci está voltando dez meses após deixar a emissora e fracassar na Band. A frase que mais se ouvia nos bastidores era: Como é que a Record recontrata um jornalista que vai embora sem se despedir da própria equipe e já chega puxando o tapete?
A pergunta traz uma referência direta a Fabíola Gadelha, apresentadora do Balanço Geral Manhã, que Bacci substituirá a partir de amanhã (2). O ímpeto de ascensão profissional de Bacci preocupa vários apresentadores. Ele já é visto como potencial substituto de William Travassos, apresentador do SP no Ar, de uma das âncoras do Fala Brasil, de Reinaldo Gottino, do Balanço Geral SP, das 12h, e até de Britto Jr., do Programa da Tarde. Gottino, que substituiu Bacci no Balanço Geral do meio dia, está muito bem avaliado no programa, mas pode ser envolvido em uma troca de cadeiras, como já ocorreu.
Na Record, ninguém acredita que Bacci vai ficar muito tempo apresentando um telejornal às 6h15. Aposta-se que ele vai trabalhar para melhorar de horário _e de exposição_, e para aumentar seu salário, até porque foi recontratado ganhando a metade do que recebia em 2014 e apenas um sexto do que tirava na Band.
Sem opções no mercado, Bacci teve que aceitar um salário de apenas R$ 50 mil, o que para os padrões da televisão é uma mixaria _vários repórteres da Record recebem bem mais do que isso. Apelidado de Menino de Ouro por Marcelo Rezende, Bacci está sendo chamado na Record de Menino de Bronze (os mais maldosos já o apelidam de Menino de Lata). Quando deixou a emissora em maio do ano passado, ele ganhava R$ 55 mil fixos, mas fazia uma média mensal de R$ 100 mil com merchandisings. No Balanço Geral Manhã, não há merchandising, ou seja, ele vai receber apenas os R$ 50 mil fixos.
Na Band, Bacci recebia R$ 300 mil. Seu contrato foi rescindido na segunda-feira (30) à noite, porque o jornalista tinha pressa para assinar com a Record. Na Band, ele ainda tinha 32 meses de contrato a cumprir, e a emissora acertou pagar uma indenização. O valor exato não foi revelado por nenhuma das partes, mas especula-se que tenha sido de R$ 2 milhões. Na negociação com a Record, Bacci incluiu o fim de um processo que a emissora move contra ele, pelo rompimento unilateral de contrato no ano passado, cobrando multa de R$ 2,5 milhões.
A Band rescindiu contrato com Bacci porque está fazendo cortes que devem atingir até 10% de algumas produções (a média deve ser de 6%). Na semana passada, a emissora encerrou o talk show Agora É Tarde. Bacci foi contratado para fazer um programa diário e um semanal. O diário, Tá Na Tela, foi extinto em dezembro, com apenas cinco meses. O jornalista foi deslocado para o Café com Jornal, que a partir de segunda-feira perderá uma hora e meia de duração e funcionará com equipe reduzida.
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