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EX-JOVEM PAN

Villa comenta se Bolsonaro pediu sua demissão: 'Poder não gosta de críticas'

Reprodução/YouTube

O historiador Marco Antonio Villa em entrevista para o canal do YouTube do jornalista Marcelo Bonfá - Reprodução/YouTube

O historiador Marco Antonio Villa em entrevista para o canal do YouTube do jornalista Marcelo Bonfá

REDAÇÃO

Publicado em 10/7/2019 - 10h25

Demitido da rádio Jovem Pan no fim de junho por fazer suposta "adjetivação grosseira" em seus comentários, o historiador Marco Antonio Villa comentou se acredita que o presidente Jair Bolsonaro ou seus defensores teriam alguma influência em seu desligamento da empresa. "Aprendi que o poder no Brasil não gosta de críticas", discursou.

Villa, no entanto, preferiu desconversar sobre uma participação direta de Bolsonaro no pedido de sua cabeça. "Seria uma leviandade eu dizer sim ou não, porque eu não sei. Para mim, isso já é passado", falou ele em entrevista para Marcelo Bonfá em vídeo publicado nesta quarta-feira (10) no canal Pingue-Pongue com Bonfá, que o jornalista mantém no YouTube.

Ele não negou que a maneira como seu desligamento foi feito o decepcionou. "Foi um momento muito triste, me deixou muito magoado, achei um ato de absoluta deslealdade com uma pessoa que sempre se dedicou muito ao trabalho", discursou.

Porém, o historiador ainda considera a possibilidade de voltar para a Jovem Pan no futuro. "O destino só Deus sabe. Pode ser que um dia eu seja convidado para algum tipo de trabalho que me agrade, que queiram que eu trabalhe lá. Em circunstâncias muito particulares, evidentemente que precisa ser um pouco diferente do que os episódios que ocorreram agora na minha saída", ressaltou.

Ele também rejeitou que tenha feito as tais "adjetivações grosseiras" usadas para justificar sua saída da rádio. "Fiquei sabendo [que fazia as adjetivações] pelo comunicado", ironizou. "Claro que achei algo indevido. Eu não seria o que sou, com mais de 30 livros publicados, sendo tratado com enorme respeito por todos, se eu fizesse isso. As pessoas me reconhecem de outra forma. Isso foi algo infeliz feito por alguém com algum complexo de inferioridade, ou certo ciúme pela repercussão do meu trabalho", alfinetou o profissional.

Rachel Sheherazade

Villa ainda comentou com Bonfá sobre o caso da jornalista Rachel Sheherazade, que teve sua demissão sugerida pelo empresário Luciano Hang, patrocinador de vários programas no SBT. "É lamentável esse senhor fazer esse tipo de ameaça, que é uma forma de censura. Na Ditadura Militar [1964-1985] tínhamos a censura do tacão, das botas, agora temos a do poder econômico. Ela estava agindo dentro da Constituição, quem a está violando é a ação desse senhor."

O historiador deixou claro que não acredita que Silvio Santos vá seguir a sugestão do empresário --ele saiu em defesa da jornalista e até a convidou para participar de seu programa dominical. "Creio que não [vai ceder às pressões]. Seria um precedente muito perigoso. E o Brasil inteiro ficaria sabendo. Ele não é uma pessoa muito afeita ao jornalismo, sempre falou isso explicitamente [mas não faria isso]", opinou.

Agora, Villa se prepara para estrear na rádio Bandeirantes, como âncora do jornal Primeira Hora, a partir da próxima segunda-feira (15). Ele não escondeu sua animação com o novo desafio, que considera uma forma de aprender ainda mais. E reafirmou que não tem rabo preso com ninguém e terá liberdade absoluta para falar o que quiser no ar.

Confira a entrevista de Marco Antonio Villa para Marcelo Bonfá:

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