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Deus Salve o Rei

Virgílio é capaz de matar e embrulhar corpo para presente, diz Ricardo Pereira

Marília Cabral/TV Globo

Virgílio (Ricardo Pereira) perseguirá o amor perdido ao longo da novela das sete da Globo - Marília Cabral/TV Globo

Virgílio (Ricardo Pereira) perseguirá o amor perdido ao longo da novela das sete da Globo

MÁRCIA PEREIRA, no Rio de Janeiro

Publicado em 17/1/2018 - 6h33

Antagonista de Deus Salve o Rei, Ricardo Pereira adianta que seu Virgílio passará a história tentando recuperar Amália (Marina Ruy Barbosa), a mulher que o trocou por outro homem. Com masculinidade e posição social afetadas, ele fica louco. O diferencial do personagem obcecado pela mocinha será a sua elegância. "Ele é capaz de matar com extrema delicadeza e, depois, mandar embrulhar para presente", diz.

As diferentes camadas do malvado medieval são ferramentas que o português usará para envolver o público. Pereira aposta que haverá uma idenficação com o vilão, já que ele, de certa forma, buscará justiça. "Construí um vilão sedutor e que tem uma razão para lutar: o amor", explica o ator.

Virgílio ainda tem uma estética mais apurada se comparada aos outros personagens da trama, com um corte de cabelo impecável e roupas alinhadas. "Ele é como uma cobra que chega lentamente e hipnotiza com o olhar. Tem um ar quase de um Psicopata Americano [filme de 2000 em que Christian Bale interpreta um executivo da Bolsa de Valores que mata mendigos e prostitutas depois do expediente]."

Diana (Fernanda Nobre) será seduzida pelo vilão de Ricardo Pereira (Reprodução/Instagram)

Ao ver que o amor de Amália e Afonso (Romulo Estrela) vai se consolidando, Virgílio seduzirá outras mulheres. Fará o possível e o impossível para estar perto da ex-namorada. Sua saga conta com muitos duelos e até bruxaria.

"Ele chega a se envolver com a melhor amiga de Amália, Diana, a personagem de Fernanda Nobre. Busca nela o cheiro de Amália. Ele quer saber da Amália e sempre terá um brilho no olhar ao falar dela. Depois, ele vai se envolver com a Brice, a personagem da Bia Arantes, que é bruxa. A teia do Virgílio vai começando a ficar cada vez maior, e é aí que ele se torna mesmo o grande vilão da trama", adianta Pereira.

Do sexo gay à novela das sete
Em Liberdade, Liberdade (2016), o ator protagonizou a primeira cena de sexo entre dois homens nas telenovelas. Em seguida, já estava atuando em Novo Mundo e também participou da série Filhos da Pátria no ano passado. Sem férias, começou a se preparar para interpretar o vilão de Deus Salve o Rei.

Para ele, não foi necessário um tempo para descansar imagem. O segredo, diz, é construir personagens tão distintos que o público se esqueça do papel anterior. Tramas de épocas diferentes, como as que ele trabalhou, ajudam nisso.

"É uma coisa bem interessante você poder viajar para outras épocas e embarcar em um outro universo. Você sai realmente da sua realidade, do seu dia a dia, e tem mais possibilidade de construir um outro lado", observa Pereira. 

"O Tolentino [soldado de Liberdade, Liberdade] era vilão também, mas, ao mesmo tempo, um homem que tinha um amor por um outro homem gritante. Em Novo Mundo, eu fazia um homem sofrido, que trocou tudo pelo amor ao ponto de fisicamente ficar debilitado durante a novela, e ainda teve o padre de Filhos da Pátria que era um personagem em outro lugar. Não acho nada desgastante, acho que sou privilegiado, isso sim", comemora.

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