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LIVRE PARA VOAR

Verdadeiro ou falso? Cinco vezes em que Novo Mundo deu a louca na história do Brasil

RAFAEL CAMPOS/TV GLOBO

Em cima de cavalos e com fardas militares, Romulo Estrela, Caio Castro e Alex Morenno interpretam Chalaça, Pedro e Francisco em cena de Novo Mundo

Romulo Estrela, Caio Castro e Alex Morenno durante a cena da Independência em Novo Mundo

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 15/6/2020 - 5h13

O telespectador que trocar os livros de História pelos capítulos de Novo Mundo corre o sério risco de repetir de ano. Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão tomaram algumas liberdades poéticas para apimentar as vidas de Pedro (Caio Castro) e Leopoldina (Leticia Colin) durante a já conturbada Independência do Brasil.

A dupla misturou fatos históricos e ficção para criar alguns personagens como Anna Millman (Isabelle Drummond), livremente inspirada na escritora inglesa Maria Graham (1785-1835). Outros são fruto apenas da imaginação dos roteiristas como o próprio protagonista Joaquim (Chay Suede) ou mesmo os trambiqueiros Germana (Vivianne Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva).

Algumas liberdades, inclusive, são percebidas de cara, já que ninguém nunca ouviu falar sobre um filho bastardo de dom João 6º (Leo Jaime) que chegou para reclamar o trono nas aulas do Ensino Fundamental. Outras, no entanto, são tão sutis que deixam o público com uma pulga atrás da orelha.

Veja cinco fatos históricos fantasiados em Novo Mundo:

FOTOS: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Joaquim (Chay Suede) e Pedro (Caio Castro) no Grito do Ipiranga: versão fantasiada dos fatos


Grito do Ipiranga

Os roteiristas fizeram justiça ao mostrar que Leopoldina assinou a declaração de Independência, não o aristocrata interpretado por Caio Castro. O brado retumbante do Hino Nacional, no entanto, seguiu fielmente a imagem do nobre de espada e farda montado em um cavalo criada pelo pintor Pedro Américo (1843-1905).

O artista carregou nos pincéis para tornar o futuro imperador em um herói, já que as condições à beira do rio Ipiranga, em São Paulo, não eram as melhores. Em cima de uma mula, o fidalgo estava maltrapilho e sofria com uma tremenda dor de barriga antes de declarar o Brasil livre de Portugal.

Bonifácio (Felipe Camargo) e Leopoldina (Leticia Colin) na produção: romance nunca existiu


Galã da Independência

Bonifácio (Felipe Camargo) realmente teve alguns casos extraconjugais, mas nem tantos quanto os que Narcisa (Márcia Cabrita) faz questão de contabilizar em seus dedos. Entre suas conquistas, aliás, não estava a princesa Leopoldina. Os dois mantinham uma relação apenas de amizade, uma espécie de figura paterna.

Domitila (Agatha Moreira) e Pedro (Caio Castro) na novela das seis; amantes até o fim da vida 


Final infeliz

Ao roubar a cena, a protagonista de Leticia Colin deu a maior dor de cabeça para os escritores. Eles subverteram os fatos para dar um final feliz à nobre austríaca, já que Pedro nunca interrompeu o seu relacionamento com Domitila (Agatha Moreira) na vida real. Alguns historiadores apontam inclusive que a imperatriz sofria violência doméstica do marido, o que ainda é contestado oficialmente. 

Fred  (Leopoldo Pacheco) faz Leopoldina (Leticia Colin) de refém durante viagem para o país


Piratas falsificados

O navio que trouxe Leopoldina para o Brasil nunca foi atacado por piratas, já que a sua comitiva foi escoltada por uma esquadra de guerra desde que partiu da Itália em 1817. O tapa-olho, tatuagens e perna de pau dos corsários comandados por Fred Sem Alma (Leopoldo Pacheco) remetem ao século 16, duzentos anos antes da história de Alessandro Marson e Thereza Falcão

Pedro (Caio Castro) e Leopoldina (Leticia Colin) durante o Dia do Fico nos primeiros capítulos


Cronologia questionável

O folhetim compreende o período que vai de 1817, quando Pedro se casa com a arquiduquesa, até a declaração da Independência em 1822. Os autores, entretanto, tomaram algumas liberdades poéticas para não seguir a cronologia exata dos livros de história --a exemplo do Dia do Fico, exibido logo nos primeiros capítulos.

Os mais desatentos acreditariam que o príncipe escolheu permanecer no país logo após a partida de dom João 6º para Portugal. O nobre, porém, só diria o famigerado "diga ao povo que fico" alguns meses antes do Grito do Ipiranga, um dos principais acontecimentos das duas últimas semanas da trama.


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