Atriz assume dedo podre de Isis em Cara e Coragem: 'Quem nunca que atire pedra'

Mika Makino faz questão de deixar claro que Isis não é nenhuma "pestinha" apesar de já ter infernizado a vida de Lou (Vitória Bohn) em Cara e Coragem. Para a atriz, a bailarina é apenas uma jovem imatura que acaba sendo atingida em cheio pela radiação de Renan (Bruno Fagundes). Afinal, ele é um boy lixo --e daqueles dignos de resíduo de usina nuclear.

"Mas quem nunca teve uma paixão questionável que atire a primeira pedra. Eu acredito que, em alguma medida, ela se utiliza de algumas perversidades para estar com ele, por sentir que está em um jogo de conquista com uma pessoa extremamente difícil", analisa a intérprete em entrevista ao Notícias da TV.

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A artista, por outro lado, assume que a personagem até tem um ponto em comum com o coreógrafo da companhia de dança vertical. "Tanto no modo de trabalho quanto na arrogância. Ela é, por vezes, debochada e provocativa, inclusive com o Renan. Eles vivem um embate instigante, diferente da relação dele com a Lou, que é um troféu a ser exibido", diz.

Mika também revela que conversou com Vitória nos bastidores para compreender que a disputa entre as jovens é fruto de uma sociedade patriarcal que estimula a competitividade feminina:

Inclusive, eu já vi muito no meio da dança. São duas artistas competentes, jovens. Antes de ser sobre o papel de mulheres em disputa, é sobre uma competição de trabalho e liderança. Claro, acaba resvalando em todas as ocupações que Lou exerce dentro do núcleo da companhia. O que inclui a relação com o Renan --não coincidentemente também o coreógrafo.

Balé nas alturas

Mika tem formação circense por uma ONG no Rio de Janeiro, mas não concluiu o processo diante do corte de verbas e incentivos à cultura durante o período. "Passei por uma introdução a acrobacia de solo, portagem, parada de mão, perna-de-pau, acrobacia aérea", lista.

Na mesma época, ela soube da existência da dança vertical por meio de uma amiga que hoje também é sua coreógrafa. "Não é uma habilidade muito comum no Brasil, tem uma companhia em São Paulo e alguns espetáculos de outros grupos circenses. Não foi algo que eu tenha tido oportunidade de viver antes", ressalta.

Ela assegura que, se Claudia Souto precisar que Isis suba até as estrelas, não vai precisar de dublês –apesar do frio da barriga:

Nada disso! Eu tenho várias questões com altura (risos). Mas se eu ficar parada em lugares altos, ou com algum aparelho de segurança, não fico com medo. Ele só vem quando eu preciso me jogar. Pensando bem, o meu problema é com a queda livre em altura. Mas, precisando, a gente vai com medo mesmo!

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