Ator de Amor Perfeito vendeu sanduíches para terminar faculdade: 'Me bancar'

Intérprete de Orlando em Amor Perfeito, Diogo Almeida não optou atuação de cara. Nunca lidou bem com a instabilidade da profissão, que poderia ou não lhe render bons papéis. O dinheiro também era uma questão. Ele cursou Psicologia pela segurança financeira. Antes disso, para estudar Teatro na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), o rapaz teve de vender sanduíches e passar por outros perrengues. 

"Era o dinheiro para eu me bancar durante o dia. Dali eu ia fazer testes e trabalhos. Tinha que me locomover e almoçar. Minha mãe acordava cedinho e preparava os sanduíches. Eu chegava e colocava a bolsa com os sanduíches na sala. Fiz isso por uns dois semestres. Depois comecei a fazer trabalhos que me ajudaram a seguir de forma mais confortável", declarou ele em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

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Almeida se formou em Psicologia e até exerce a profissão --ainda hoje, com a a novela das seis da Globo no ar, ele acompanha alguns tratamentos--, mas sua paixão sempre foi o teatro. Ele é formado pela CAL e estreou na TV em Duas Caras (2007).

De lá para cá, fez trabalhos na Record e no cinema. Mas só agora, na novela das seis, vive seu primeiro protagonista:

Eu sempre desejei estar nesse lugar. Acho que estou no meu melhor momento. Se viesse antes não seria tão significativo e talvez eu ainda não teria a maturidade que eu tenho hoje. E isso só veio com a estrada. Muita coisa aconteceu para que hoje eu possa dizer que estou como protagonista da novela das 18h. Esse tempo foi fundamental.

Ele admite, porém, que não foi nada fácil chegar onde chegou. "Quantos homens pretos da minha idade [ele tem 37 anos] não desistiram porque precisam sobreviver, colocar comida em casa e criar os filhos? Eu não queria ser esse homem que iria desistir", começou ele.

"Então pensei: 'Preciso estudar e ter condições de seguir com o meu sonho, que é trabalhar como ator. E como posso fazer isso?' Tendo também uma outra profissão que me dê uma base e que, independentemente de eu estar contratado ou não, tenha condições de me proporcionar as coisas", disse, em referência também à Psicologia.

Em 2016, a gente estava se vendo com mais frequência, com muito respeito. Mas nunca existiu um namoro. Eu não alimentei isso, não postava nada na época. Sou reservado, tenho muito cuidado na forma como me exponho e com as pessoas com quem me relaciono. Tenho muito respeito e admiração pela Cissa. Temos uma amizade muito grande. A gente ainda se fala, mas faz tempo que não nos encontramos.

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