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Reprodução/TV Globo
Susana Naspolini em programa sobre TV digital exibido pela Globo no Rio ontem (22)
DANIEL CASTRO
Publicado em 23/10/2017 - 11h40
Apesar da campanha promovida pela Globo, com reportagens diariamente nos telejornais locais e até programa especial, o Rio de Janeiro não atingiu o percentual mínimo aceitável de domicílios com TV digital e terá que adiar o apagão analógico, que estava previsto para esta quarta-feira (25). Em reunião nesta segunda (23), as emissoras decidiram postergar o desligamento dos sinais analógicos na segunda maior metrópole brasileira. A nova data é 22 de novembro.
Pesquisa realizada pelo Ibope entre os dias 9 e 21 deste mês apontou que 86% dos lares da região metropolitana do Rio estão aptos a receber TV digital, de acordo com os critérios do Gired (Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV), que reúne emissoras e operadoras de telefonia e que decide todo o processo de migração das TVs analógicas para os canais digitais.
Pelas normas do governo federal, no entanto, o desligamento da TV analógica só pode ocorrer quando pelo menos 93% das residências da região tiverem televisores digitais.
Para minimizar o estrago do adiamento, o Gired autorizou todas as emissoras do Rio a desligarem seus sinais entre os dias 25 de outubro e 22 de novembro. Na prática, adiou o apagão para o mês que vem. Nenhuma das grandes redes irá tirar seus sinais analógicos do ar antes disso. Haverá uma nova pesquisa, em novembro, para confirmar o desligamento.
O Rio de Janeiro é a segunda capital brasileira a ter o desligamento adiado _a primeira foi Brasília. O apagão já ocorreu, dentro do prazo estipulado, em São Paulo, Goiânia, Recife, Fortaleza e Salvador. Vitória terá os sinais analógicos desligados nesta quarta.
A situação no Rio é pior nos municípios da região metropolitana. No entorno da capital, 20% das casas ainda não têm televisor ou receptor digital. Na capital, esse percentual é de 10%.
A violência nas comunidades, a crise econômica e a falência do Estado são apontados como principais motivos de a TV digital estar atrasada no Rio. Há também um outro fator: o alto índice de pirataria.
Segundo o Ibope, 65% dos domicílios do Rio têm TV paga. Os dados das operadoras mostram outra realidade: apenas 41% das casas são assinantes de cabo ou satélite. Ou seja, quase metade das pessoas que têm acesso à TV por assinatura no Rio não paga por isso.
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