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MIGHTY DUCKS

Agora no Disney+, Nós Somos os Campeões foi High School Musical dos anos 1990

Divulgação/Disney

Elden Henson, Emilio Estevez e Marguerite Monroe em Nós Somos os Campeões

Emilio Estevez (no centro) e parte do elenco jovem de Nós Somos os Campeões; franquia ganhou série no Disney+

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 27/3/2021 - 6h53

O Disney+ estreou na sexta-feira (26) a série Virando o Jogo dos Campeões, produção baseada na trilogia de filmes Nós Somos os Campeões. Populares entre jovens nos anos 1990, os longas sobre a equipe de hóquei dos Mighty Ducks podem não dizer muita coisa para a geração atual, mas a verdade é uma só: antes de High School Musical, quem reinava na Disney eram os Patos.

Ao todo, a franquia arrecadou mais de US$ 119 milhões (R$ 687 milhões) em todo o mundo, um número alto para a época. Apenas o primeiro filme atingiu a marca de US$ 50 milhões (R$ 288 milhões) para um orçamento de US$ 10 milhões (R$ 57,6 milhões). Para a garotada, a história do técnico Gordon Bombay (Emilio Estevez) e seu time foi tão importante quanto o romance entre Troy (Zac Efron) e Gabriella (Vanessa Hudgens) dez anos depois.

A trama do primeiro filme, lançado em 1992, não chega a ser nada excepcional. O protagonista é Gordon Bombay (Estevez), um jovem advogado e ex-astro mirim de hóquei em Minneapolis que abandonou o seu sonho no esporte depois de uma frustração na final de um campeonato.

Considerado uma estrela na firma onde trabalha, Bombay usa todos os meios, morais e imorais, para vencer seus casos, criando inimizades por onde passa. O feitiço acaba virando contra o feiticeiro quando ele é preso por dirigir embregado. Condenado por um juiz conhecido, o rapaz é forçado a prestar serviço comunitário treinando uma jovem equipe de hóquei local.

Obrigado a se reaproximar do esporte que renegou após a infância, Gordon vê inicialmente o grupo de garotos como um peso a ser carregado durante um tempo. Ele se reconecta com Hans (Joss Ackland), velho amigo e mentor desde os tempos como atleta, e se força a começar a treinar a equipe famosa por sofrer goleadas de qualquer adversários.

A partir daí, a trama de Nós Somos os Campeões não se difere de outras obras do gênero. Assim como Karatê Kid fez nos anos 1980, o filme recria a história do patinho feio --no caso, a equipe de hóquei-- que se torna cisne após passar por diversos problemas.

E assim como Karatê Kid fez com Daniel-san (Ralph Macchio) e Sr. Miyagi (Pat Morita), Nós Somos os Campeões se sustenta na relação de Bombay com seus jovens atletas. Liderados por Charlie Conway (Joshua Jackson, o Pacey de Dawson's Creek), os meninos arteiros se acostumaram a perder, mas carregam o bom humor na relação com o técnico.

Aos poucos, o que era um time de renegados se torna uma equipe competitiva a ponto de fazer frente com os Hawks, os grandes favoritos para vencer a liga juvenil. E, diversa como era, a equipe dos Ducks (nome dado por Bombay) tinha tímidos, nerds, garotas, gordinhos e até o jovem rebelde do bairro, Fulton (Elden Henson), dono do mais potente arremate que Minneapolis já viu.

Na final contra o Hawks, que não por acaso era a antiga equipe de Bombay e ainda mantinha o mesmo treinador de sua época, os Mighty Ducks superam todas as barreiras, conquistam a vitória e se tornam a mais nova sensação juvenil do hóquei.

DIVULGAÇÃO/DISNEY

Ducks representaram os EUA no segundo filme

Do chão ao topo

Depois de transformar um time fracassado na equipe a ser batida, Bombay começa Nós Somos os Campeões 2 (1994) deixando o posto de técnico para se aventurar na liga inferior da NHL, principal campeonato de hóquei dos EUA, em busca de uma chance nas equipes profissionais. Uma lesão na perna, porém, acaba com o seu sonho.

De volta a Minneapolis, ele recebe um convite de um patrocinador milionário para treinar a equipe juvenil dos Estados Unidos em um campeonato internacional na Califórnia. O prêmio? Muito dinheiro e fama.

É a oportunidade perfeita para o técnico reunir os Mighty Ducks para competir outra vez. Com essa justificativa, os roteiristas descartam alguns atores que apareceram no primeiro filme e trazem novos rostos na sequência para se misturarem com os personagens que mais se destacaram no longa original, como Charlie, Fulton, Goldberg (Shaun Weiss), Connie (Marguerite Monroe) e Averman (Matt Doherty).

Entre as novidades do elenco, o principal nome é Kenan Thompson, que surgiu para o mundo como o engraçado Russ antes de fazer sucesso com a sitcom Kenan & Kel (1996-2000).

Se no primeiro filme os grandes rivais eram os Hawks, em Nós Somos os Campeões 2 os antagonistas são os integrantes da seleção da Islândia. Formada por "pequenos vikings", a equipe se mostra uma adversária  à altura dos Ducks, fazendo-os duvidar do próprio talento.

Mais uma vez, os grandes momentos do filme estão nas relações entre o elenco jovem e Bombay, que entram em atrito mais uma vez por conta de decisões e falar equivocadas do técnico. Como é comum nos filmes da Disney, todos os problemas são solucionados antes do ato final, e mais uma vez os Ducks saem vencedores de uma partida que parecia perdida --sagrando-se nada menos do que campeões mundiais.

DIVULGAÇÃO/DISNEY

Bombay e Charlie no terceiro filme

A chegada da adolescência

Com a ingrata missão de manter o nível conquistado com os dois primeiros filmes, Nós Somos os Campeões 3 (1996) é considerado por muitos fãs o mais fraco da franquia por quebrar o elo forte que a sustentava: a relação entre técnico e seus comandados.

Grande astro dos filmes, Emilio Estevez é renegado ao papel de coadjuvante na sequência e abre espaço para os atores liderarem a trama, que deixa as competições de grande escala para focar na nova vida dos jovens. Após vencerem o campeonato na Califórnia, todo o time dos Ducks recebe uma bolsa escolar para estudar em uma escola de elite nos EUA e competir pela equipe de hóquei local.

Sem Bombay, que decide trabalhar com a organização de hóquei país afora, quem assume a função de líder é o técnico Orion (Jeffrey Nordling), que sofre resistência de grande parte da equipe, principalmente do capitão Charlie.

Em comparação com os antecessores, Nós Somos os Campeões 3 deixa o hóquei um pouco de lado para focar no desenvolvimento das relações dos elenco jovem em sua nova vida escolar. O filme deixa de ser sobre esporte e passar a ser uma produção teen, com romances e rivalidades que se formam.

Assumindo o lugar dos Hawks e da seleção da Islândia, os vilões da vez são a equipe dos formandos da escola, que entram em atrito com os Ducks desde o começo para mostrarem que quem manda naquele território são eles. Entre uma briga e outra, o filme se esforça para lembrar que o que sempre moveu a franquia foi o hóquei.

No final, uma nova partida emocionante resgata os melhores momentos da história dos Ducks e sela a paz entre o time e o novo técnico. Bombay ainda retorna para convencer Charlie a aceitar o novo comandante e dizer algumas palavras sábias para salvar o time, encerrando o ciclo da franquia na década de 1990.

Em Virando os Jogos dos Campeões, Estevez retorna para ajudar Lauren Graham (Gilmore Girls) a montar uma nova equipe de renegados para enfrentar o time sensação dos EUA: justamente os Mighty Ducks.

Assista ao trailer da nova série abaixo:


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