Walewska Oliveira: Entenda a disputa por herança de R$ 25 milhões entre pais e viúvo

[Alerta de gatilho: este texto contém informações que podem ser sensíveis a pessoas com depressão ou tendências suicidas]

Walewska Oliveira (1979-2023) morreu sem deixar testamento. A atleta endereçou apenas quatro cartas, cada uma destinada a alguém importante em sua vida, em uma delas expressando sua insatisfação com o casamento com o viúvo Ricardo Mendes. Agora, os pais da jogadora de vôlei travam uma briga judicial para impedir que ele tenha direito à herança da filha, estimada em R$ 25 milhões.

35 ANOS

Sophie Charlotte comemora aniversário sem Daniel de Oliveira em hotel de luxo

ATRIZ DE 81 ANOS

Sem plásticas, Susana Vieira se queixa após perder papel por velhice: 'Problema'

O Notícias da TV apurou os desdobramentos do caso de Walewska ao longo da semana e revelou em primeira mão o impasse pelos bens. A defesa dos pais de Walewska alegou que a família não concorda com a Justiça, que nomeou Mendes inventariante da herança. Ele é chamado pelo advogado dos patriarcas de "indigno" do legado dela.

"Ricardo não reconheceu o corpo, deixou documentos e pertences de sua esposa na recepção do prédio para serem recolhidos por familiares, não contribuiu financeiramente ou de forma prática para os trâmites do velório e enterro, negligenciou apoio à família, mas foi bastante rápido e assertivo em solicitar a abertura do inventário e sua habilitação como inventariante", diz a defesa da família no documento obtido pela reportagem.

Pela lei brasileira, o cônjuge sobrevivente tem a preferência na administração do inventário. Como Walewska não tinha filhos, ficou determinado que o viúvo seria inventariante de tudo que ela tinha. Mendes solicitou a abertura do processo 12 dias após a morte da mulher.

Segundo os pais, a tragédia é investigada como "morte suspeita" após ela cair do 17º andar do prédio em que morava, em São Paulo. Mendes é considerado pela família o pivô da decisão de Walewska de tirar a própria vida. "Eles obtiveram acesso às cartas deixadas por Walewska antes de seu falecimento, entendendo que o conteúdo das mesmas deixará o ainda inventariante, Ricardo Mendes, indigno no presente processo", apontou o advogado.

Quem é o marido de Walewska?

Ricardo Mendes era casado com Walewska Oliveira havia 20 anos. De acordo com as cartas deixadas pela jogadora e também de relatos de amigos e pessoas próximas, eles enfrentavam uma crise no relacionamento há cinco anos, quando ela descobriu uma traição. A empresária então passou a se isolar e dar indícios de depressão.

Walewska sempre quis ter filhos, mas respeitou a vontade de Mendes de não ter herdeiros. Ele, no entanto, teria escondido um filho do caso extraconjugal --a gota d'água para a então esposa. Virna Dias, amiga e madrinha da atleta, disse que ela se jogou do alto do prédio por culpa das mentiras do marido.

"Foi muito duro. É triste, a Wal tirou a vida por causa do marido. Ela viveu uma relação meio opressiva e não conseguiu pedir ajuda. A partir do momento que o marido pediu a separação para ela, descobriu-se que ele tinha um filho fora do casamento, e ela pirou, porque ela estava esperando ser mãe há muito tempo", desabafou Virna em entrevista ao SportBuzz.

Qual a herança de Walewska Oliveira?

Walewska Oliveira deixou 23 imóveis de luxo em diferentes condomínios em São Paulo e em Belo Horizonte. Um levantamento feito pelo Notícias da TV aponta que ela acumulou R$ 25 milhões apenas nos imóveis. As salas incluem o apartamento em que ela morava com o marido e também o dos pais, em Minas Gerais. A última listagem feita é de 2020.

O custo de cada bem de Walewska e de sua empresa varia entre R$ 456 mil e R$ 2,6 milhões. Além dos apartamentos, a medalhista do vôlei deixou R$ 1.312.850 em seu seguro de vida. Na época em que abriu o registro, ela colocou como beneficiários sua mãe e o viúvo. A família também quer que ele tenha os direitos ao valor do seguro revogados.

O que aconteceu com Walewska do vôlei?

Walewska Oliveira morreu em 21 de setembro de 2023 após cair do 17º andar do prédio em que morava, no bairro Jardins, em São Paulo. No atestado de óbito, a causa da morte descrita pela polícia foi "politraumatismo, ação contundente". As investigações do caso continuam, e as cartas deixadas por ela são provas importantes para designar se houve atentado contra a vida.