Tralli se emociona ao vivo ao relembrar dificuldades de irmã com deficiência

César Tralli se emocionou ao vivo durante a edição do Jornal Hoje desta sexta-feira (23), ao comentar uma reportagem sobre o alto índice de analfabetismo entre pessoas com deficiência. Após a exibição da matéria, o apresentador da Globo compartilhou com o público uma lembrança pessoal envolvendo sua irmã, Gabriela (1977-2018), que enfrentou desafios semelhantes durante a infância e juventude.

Com a voz embargada, Tralli destacou as dificuldades que sua família enfrentou para conseguir a inclusão da irmã no sistema educacional.

"É impressionante como as portas costumam ficar fechadas do que abertas. Aí, é um esforço da família para abrir alguma porta. Quem tem um filho ou um parente assim, sabe bem como é. Eu tive uma irmã com deficiência física e intelectual", contou ele.

'TRABALHO ÚTIL'

Não é Odete Roitman: Debora Bloch revela qual personagem transformou sua vida

CONVIDADO ESPECIAL

Galvão Bueno volta à Fórmula 1 após cinco anos para dar pitaco no GP de Mônaco

O jornalista relembrou que sua mãe, Edna Tralli, lutou por muito tempo até encontrar uma escola que aceitasse Gabriela. Depois de muita insistência, ela foi matriculada e, mesmo com obstáculos, conseguiu trabalhar na biblioteca da instituição.

"Ela chegou a ser registrada, ganhou meio salário mínimo por mês. A dignidade que você traz para esse ser especial e para a família não tem nada no mundo que pague", afirmou.

Tralli ainda ressaltou a importância da inclusão não apenas para as pessoas com deficiência, mas também para quem as acolhe. "Quem aceita uma pessoa assim com deficiência vai se tornar um ser humano muito melhor. Vai ser educado a saber tratar com amor, carinho e respeito", declarou.

Nessa mesma semana, o apresentador também ficou emocionado ao falar sobre Gabriela durante o bloco de esportes do Jornal Hoje. Na ocasião, uma matéria abordou a Estrela Solidária, instituição criada por Hanna Kwitko que promove aulas de futebol de areia para pessoas com autismo e síndrome de Down.

Após a exibição da reportagem, Tralli novamente se comoveu e mencionou a irmã, que morreu em 2018. As manifestações do jornalista ao vivo reforçaram a urgência de discussões sobre inclusão social e o impacto que ações simples podem ter na vida de pessoas com deficiência e suas famílias.