Junior Lima encarou turbulências após fim da dupla com Sandy: 'Síndrome do pânico'

Junior Lima abriu o coração para Luciano Huck no palco do Domingão. Ele está se lançando como cantor solo pela primeira vez desde o fim do trabalho com Sandy há 11 anos e confessou que passou por momentos de muita turbulência quando a dupla acabou. "Eu tive uma fase muito difícil, que foi de permitir as emoções entrarem. Eu, até então, me blindava muito e ignorava as coisas que eu sentia", contou.

Sem a rotina de trabalho com a irmã, Junior teve que se reconectar com ele mesmo e com sua nova vida. "Eu achava que estava tudo certo, tudo sempre muito bem. Levava de uma maneira muito leve, achando que eu não sentia os efeitos colaterais. E, aí, quando acabou a dupla, que a coisa veio forte. Então, eu tive um período de síndrome do pânico. Eu tive uma fase bem difícil", completou.

Luciano Huck, então, comentou que o lançamento da carreira solo dele somente agora foi uma forma de se curar dos males que viveu no período pós-dupla. "Fiz muita análise. Eu levei, desde então, [esse tempo] pra ter coragem de encarar um trabalho como esse, de fazer um trabalho como cantor. Eu sempre acabei fugindo um pouco desse lugar", falou.

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Depois que terminou o trabalho com a irmã, em 2007, Junior participou de algumas bandas, mas nunca tinha se arriscado na carreira solo --como aconteceu com Sandy: "Nos meus outros projetos, eu era sempre um músico, um produtor. A parte do canto era uma porcentagem muito pequena. Eu não queria ser o protagonista. Eu estava sempre atrás de algum instrumento, dentro de um contexto onde eu me sentia mais seguro".

Luciano Huck completo: "O projeto solo é um pouco da sua cura, de talvez  conseguir administrar a saúde mental. É um ato de coragem. É o encarar". O apresentador pediu ainda para o padre Fábio de Melo analisar as palavras de Junior Lima.

"Criança é alguém que não tem filtro algum. A gente vai adquirindo à medida que a gente vai amadurecendo. Então, tudo o que você critica numa criança vai diretamente pra ela. Tudo o que você elogia vai diretamente pra ela. E elogia e crítica em excesso é um perigo", disse o religioso, antes de continuar.

"Quem cresce muito elogiado, como é o caso do artista, tem muita dificuldade depois de lidar com a própria limitação. Porque tem medo de desmentir. É como se você, ao se mostrar limitado, você fosse perder o amor das pessoas que elogiaram você. E não é bem assim", disse o padre enquanto Junior Lima, emocionado, concordava com a cabeça.

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