CASO JULIANA MARINS
Divulgação/TV Globo
Clayton Conservani em seu programa Planeta Extremo, em expedição no Monte Kilimanjaro
Clayton Conservani, jornalista da Globo com vasta experiência em expedições de aventura, estranhou a atitude do guia da brasileira Juliana Marins, encontrada morta nesta terça-feira (24). Ela esperava por resgate desde sábado (21), após ter caído em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia.
O comentário veio da sua colega Mariana Gross durante o RJ 1. A âncora citou que Conservani já havia feito o mesmo trajeto e estranhou a atitude do guia em deixar Juliana para trás --além de observar os trajes dela, que indicam uma suposta falta de orientação.
"Ele diz que estranhou o fato de o guia ter ido à frente e ela ter ficado atrás no grupo. Isso não é comum, segundo ele". E completou: "Ele também destacou o traje da Juliana, que parece uma calça jeans, mais fina, mesmo sendo uma região muito fria", disse Mariana.
O jornalista também fez uma participação no Mais Você desta terça, relembrando a expedição que fez ao Monte Rinjane. Conservani esteve lá em 2015, para a gravação do quadro Planeta Extremo, do Fantástico, e destacou as difíceis condições do local.
"O terreno é bem difícil, é aquele terreno vulcânico, aquela areia vulcânica, aquela areia negra muito fofa, com muitas pedras soltas e por isso a dificuldade. Ainda tem o clima, as condições meteorológicas desse lugar são muito difíceis, tempestades constantes", contou.
Clayton fez a trilha com dois montanhistas e revela que foi uma expedição sob muitas dificuldades: "Tivemos muita dificuldade nesse terreno de pedras soltas, ainda tem a questão também do vulcão ser vivo", relembrou.
Juliana Marins estava em um grupo com outros seis turistas, auxiliados por dois guias, quando caiu durante o trajeto. A família de Juliana alegou que ela foi abandonada pelo guia por mais de 1 hora antes de sofrer o acidente.
A brasileira foi vista com a ajuda de drones, mas acabou escorregando no terreno íngreme, o que tornou ainda mais difícil o resgate. A jovem de 26 anos foi encontrada morta após quatro dias de tentativas de equipes locais.
Formada em Publicidade e Propaganda e natural de Niterói (RJ), Juliana Marins estava desde fevereiro fazendo um mochilão pela Ásia e, antes de chegar à Indonésia, passou por Filipinas, Vietnã e Tailândia.
Ela tentou se aventurar pela trilha do Monte Rijani, localizado na Ilha de Lombok, vizinha de Bali. Ainda ativo, o vulcão fica a mais de 3,7 mil metros de altitude. A paisagem é atrativa para turistas, mas exige preparo. O grupo precisa pernoitar no caminho e grande parte do percurso tem o ar rarefeito.
Em nota, a família de Juliana agradeceu pelas mensagens de carinho e orações: "Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido", diz trecho, publicado nas redes sociais.
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