ENTREVISTA EXCLUSIVA!
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Fernanda Bande em ensaio da Viradouro; confeiteira sonha com programa fixo na Globo
Há um ano, Fernanda Bande vivia uma situação financeira caótica. Com as contas atrasadas e dois filhos para sustentar, a confeiteira depositou todas as suas fichas em encomendas para a ceia de Natal. Quebrou a cara. "Deu tudo errado, só tive prejuízo", lembra. Em meio ao pânico, encontrou uma tábua de salvação no BBB 24, mesmo sem nunca ter acompanhado o reality.
Ela não venceu, mas caiu nas graças da Globo e, um ano depois, é uma das poucas sisters a manter contrato comercial com a empresa. Vai ser jurada do Que Seja Doce, do GNT, e sonha com um programa fixo na emissora. Mas ainda não se acostumou com a fama nem sabe como expor sua vida para os mais de 2 milhões de seguidores no Instagram. "Não sou a Virginia [Fonseca], não tenho esse mood [humor]", resume.
Com 2024 chegando ao fim, a confeiteira se senta com o Notícias da TV para uma entrevista exclusiva, no qual relembra os momentos difíceis antes do confinamento, explica por que rejeita a fama de "acamada" no BBB --"fiquei mal, num estado quase depressivo"--, faz um balanço do ano em que sua vida virou do avesso e adianta os planos para o futuro. "Eu me vejo num lugar de permanência na TV, vou lutar por um programa meu que dure anos", resume.
Sem papas na língua, Fernanda também admite que sua estratégia no Big Brother foi "de uma burrice sem fim, uma tremenda ignorância" e que achou sua temporada chata por ter participantes muito jovens. "Eu me senti em desvantagem até na energia, não estava com aquele afinco todo. Depois que toma muito na tarraqueta, você vai com raiva, não é mais na força do amor."
Ela ainda diz que fãs de reality "são muito loucos", que sofre pressão para compartilhar mais de sua vida e de sua família nas redes sociais --"não vou fazer um vlog sobre a vida do meu filho autista"--, mas que é muito grata pelo carinho que recebe da "alcateia", como é chamado o fã-clube da "loba". "Quem me encontrar na rua sempre vai ter um abraço, um sorriso largo, porque é isso que as pessoas merecem", finaliza.
Confira a entrevista exclusiva com Fernanda Bande:
NOTÍCIAS DA TV - Fernanda, exatamente um ano atrás, como era sua vida? Ainda tem algo daquela Fernanda Bande na de hoje, ou mudou tudo?
FERNANDA BANDE - É engraçado pensar em exatamente um ano atrás, porque eu estava na loucura da preparação para o Natal. Como confeiteira, a gente trabalha com datas-chave. Porque, na maior parte do ano, você troca o almoço pela janta em muitos cenários. E o Natal é aquele momento em que você tem a oportunidade de fazer uma graninha extra --que tem que durar até abril, quando vem a Páscoa. É sempre uma agenda atrás da outra.
Eu vinha de uma dificuldade financeira muito grande, não tinha conseguido vender nos meses anteriores. Todas as contas atrasadas, sem ter o que botar na mesa para comer. Estava avançando nas seletivas para o BBB, mas não ia contar com o ovo dentro da galinha. Sendo mãe e empreendedora, eu só podia contar com o meu trabalho mesmo.
Só que deu tudo errado! O Natal foi péssimo, o que eu gastei com embalagens, montando os cardápios, eu só tive prejuízo. Entrei em pânico: "Como vão ser as contas de janeiro se não paguei nem as de dezembro?".
Então você ainda não tinha a confirmação de que ia para o BBB?
Que nada! A gente ainda estava nas etapas do processo. Nessa época eu não sabia de absolutamente nada! Fiz mais um teste no fim do mês, e aí teve a visita em 2 de janeiro, que eles me enganaram, falando que era mais um teste, mas foi quando revelaram que eu ia. Eu nem cogitava a possibilidade.
[Alguém pode falar:] "Ah, mas já estava na cara do gol!". Só que eles tratam a gente de uma maneira para não criar expectativa. Teve gente que foi até o hotel e acabou não entrando, uma menina, não sei o que aconteceu com ela. Então, até mesmo no hotel, você pode acabar não entrando.
E eu tenho crises de ansiedade, me ataca uma dermatite que minha pele fica em carne viva, minha orelha descasca igual cobra. Todo mês de dezembro eu fico assim. Aí juntou a ansiedade das seletivas com a pressão do fim de ano, eu estava ficando maluca! E eu focada nas comidas, pensando: "Acho que eu não passei, preciso dar certo para o Natal, isso é o palpável".
E como foi quando te contaram que você estava no BBB 24?
Eu briguei (risos). Porque eles vieram me visitar em casa falando que ia ser mais um teste. Aí falaram: "Você vai para o BBB!". E eu: "Não vou, não!" (risos). Entrei em outro pânico. "Não comprei nada, não tenho roupa, não tenho dinheiro para comprar, não tenho nem calcinha!". Porque eu não usava, né?
Só tinha roupa de festa, levei pouquinha coisa, dois vestidos, um short, um conjunto de academia, um tênis velho e um par de meia sujo, que virou minha meia da sorte. Eles foram no meu guarda-roupa para ver o que dava para levar, porque não pode roupa com marca, com listra, tem uma série de regras. E falaram que iam me ajudar com o resto.
Eu realmente não estava contando com aquilo. A ficha demorou muito para cair. Eu tinha toda uma preocupação, como ia fazer com as contas de janeiro, não tinha nem acreditado naquilo tudo. Hoje, eu me sinto até mal, com um vazio no coração, porque a essa altura do ano passado, eu já estava maluca, brigando com outras confeiteiras por causa de embalagem. E eu me cobro também, porque aquilo tinha um prazer.
A Fernanda confeiteira ficou no passado?
Eu não sou mais aquela confeiteira por encomenda, isso eu sei. Mas tudo mudou tanto a ponto de eu não ter encontrado o meu formato ainda. Estou naquele limbo se vou seguir carreira de professora, no digital, se vou abrir uma loja. As pessoas cobram muito uma loja, sabe? Mas estou agarrando todas as oportunidades, porque o momento pede isso.
Nesse processo, a gente muda. Nós somos metamorfoses ambulantes. E eu sou instável, no meu humor, nas minhas personalidades... Eu nunca tive segurança, não podia nem ser confortável em ser eu mesma. Amanhã, eu posso voltar a passar necessidade.
E estou em constante evolução e aberta, me considero uma esponja. Onde a oportunidade me leva, o humor vai mudando junto, a oportunidade de evolução também. Hoje, por causa do meu trabalho, preciso estar mais à vista, tenho que aparecer, sair, ir para eventos grandes, botar roupa de gala... Tudo isso é muito louco para mim! Só que eu encaro como mudanças para o bem. Eu posso voltar a fazer bolo no futuro, mas já me disseram --e é verdade-- que nunca mais vai ser igual, porque as pessoas vão saber quem eu sou.
Durante o confinamento, você chamou a atenção pela leitura que fazia do jogo, quase sempre certeira. Qual era a sua relação com o BBB antes de participar? Acompanhava as edições, via o pay-per-view, votava em paredão?
Eu não via o programa, só assistia a alguns cortes na internet. Nunca fui de TV, sempre fui mais dos filmes. Não conhecia o BBB nem tive tempo de pesquisar, porque tem pessoas que pesquisam, veem antes o que funciona e o que não funciona. Mas todas as minhas energias estavam voltadas para o trabalho.
Quando eu fui chamada, falei: "Ok, vou encarar isso da forma mais singela". Acho que foi uma burrice sem fim, uma tremenda ignorância da minha parte não ter sondado como as coisas funcionavam. Eu era muito cética, pessimista, pé no chão. Depois que entrei, ferrou. Porque tem gatilhos, tem técnicas [de jogo], se eu tivesse visto, poderia ter identificado melhor.
Não acho nem que eu fazia leitura do jogo. Eu sabia ler as pessoas, porque sempre tive contato com gente no trabalho, e tem a malemolência do carioca também. Vim de questões familiares complicadas, aí fiquei casca-grossa para lidar com outras pessoas. Então, eu conseguia entender os outros participantes, mas não necessariamente o jogo em si. Não fui lá para levar volta dessa molecada, não (risos).
E teve isso também, acho que foi uma edição muito jovem, achei isso um pouco chato. Nas outras edições, pelo que eu vi, sempre tinha pelo menos um participante com mais idade. Eu me senti um pouco na desvantagem até em energia, porque não estava com aquele afinco todo. Depois que você toma muito na tarraqueta, você vai com raiva, não é na força do amor.
Você também foi muito criticada por não sair tanto da cama e ser mais uma espectadora e comentarista do que uma participante ativa. Faria algo diferente se pudesse voltar? Você toparia se o Rodrigo Dourado [diretor] te ligasse falando: "Fernanda, vamos fazer uma temporada all-stars"?
Voltaria super, e jogaria diferente. Isso é uma coisa que eu já tentei explicar, só que quando eu saí, as pessoas não estavam abertas para entender. E eu não preciso convencer ninguém, se você não quer entender o meu sentimento, dane-se. É uma luta que não dá para vencer, você não consegue convencer milhões de pessoas. Vão te julgar e você não ter controle nenhum sobre isso. Eu não fui validada pelos meus sentimentos.
Eu não estava bem na casa, fiquei mal, num estado quase depressivo. E a gente sabia que o jogo estava entregue, aí bateu um desânimo em todo mundo. A gente recebeu vários alertas, cobranças, incentivos do tipo "ainda tem jogo". Com um mês de reality a gente já ouvia avisos assim, imagina? A gente já sabia que [o prêmio] ia pro outro lado. É difícil se sentir vitorioso em um cenário descarado que o outro vai vencer.
Mas eu fiquei pelos meus filhos, porque cada dia que eu continuava lá era uma chance de fazer uma nova prova, de ganhar algum dinheirinho de prêmio, talvez até um carro. Só que aí eu fui ficando mal com as pessoas, estava me sentindo em desvantagem até psicológica. Eu não queria conviver com eles! Se você está na rua e vê alguém de quem não gosta, você muda de calçada. Confinada ali, não tinha como!
Aí, encontrei um lugar de refúgio no meu quarto, que era o mais distante do resto da casa. Ali eu estava em paz, era o meu lugar de conforto. No ápice do estresse, você se afasta. É muito fácil pegar os meus sentimentos, eu falando que não estou bem, e menosprezar. A convivência era difícil, e o jogo é social. Eu me vi travada ali no momento. Sempre me afastei de coisas que me davam desconforto, mas ali não conseguia.
Os únicos lugares em que eu conseguia ficar em paz eram o quarto e a academia. Eu não sou inerte, mas encontrei o meu refúgio, meu castelo de Greyskull, e dali eu fiz o meu trabalho, fiz a minha movimentação. Me botaram como a acamada, a que não fez nada, mas ganhei um monte de coisas.
Acho que ninguém consegue se preparar para a fama e a visibilidade que um reality como o BBB traz. Porque você não foi construindo isso degrau por degrau. Entrou no programa e, quando saiu, era conhecida por milhões de pessoas. Já deu para se acostumar com a vida de famosa ou ainda é um susto quando te reconhecem na rua?
É muita responsabilidade. E não tem como se preparar! Principalmente nas minhas condições, eu não me preparei nem minimamente. Outras pessoas lá já tinham experiência de atriz, estavam mais prontas para o que viesse. Eu não fui com essa intenção, não estava preparada para o pós.
E é curioso, porque o fã de reality não é um fã normal. Ele é um fã muito louco (risos). Porque com ator e atriz, a gente pode ver vários filmes, mas demora anos para gostar de alguém. E, ainda assim, vai gostar do trabalho desse ator ou dessa atriz, não necessariamente dele ou dela. O fã de reality te ama dentro de três meses! É difícil ter esse mesmo amor por um ator, uma atriz, às vezes acontece com cantores porque associam a música a um momento especial da sua vida. Então, acho que essa relação com o ídolo pop é semelhante à com o participante de reality.
As pessoas se identificam, te botam como um exemplo de vida. Se elas viram alguma afinidade, te viram tomando banho, comendo, aí se sentem íntimas, é uma relação que nenhuma outra personalidade tem com o fã. Porque aquele fã se identificou com você e vai brigar por você até o fim. Por outro lado, os fãs do outro vão querer o seu mal sem nem te conhecer.
Eu falo que a fama de reality é muito louca, é uma coisa do multiverso, não tem parâmetros, não dá para comparar com nenhum outro cenário. Você precisa de muito controle emocional, tem que estar em dia com suas faculdades mentais, porque a cobrança é grande, os ataques são enormes.
Do lado positivo, é só gratidão. Receber carinho é muito bom. A exposição é um dos riscos, mas não é um fardo, é um privilégio. Mas saber administrar isso, não ficar maluco, é uma espécie de relacionamento. Não posso descontar os problemas do meu dia a dia em um fã nem ser grosseira. Eu sempre falo: "Quem me encontrar sempre vai ter um abraço, um sorriso largo". Porque é isso que as pessoas merecem. Isso não vai mudar.
Por causa dessa exposição 24 horas por dia durante três meses, quando você sai, os fãs ficam na expectativa de saber tudo sobre sua vida também fora do confinamento. A Juliette foi muito criticada quando ganhou o BBB porque meio que sumiu, até perdeu seguidores. É difícil encontrar um equilíbrio entre o que expor e o que guardar para você?
Eu vou ser muito sincera. Ainda não encontrei esse equilíbrio. E sigo sendo cobrada e pressionada todos os dias. Não só pelos fãs, pela minha equipe, pela minha agência, eu sou cobrada todos os dias. E eu entendo, me viram por três meses, aí eu saí e não consegui mais me mostrar. É um choque grande tanto para mim quanto para eles.
Se eu fosse uma menina mais nova, tipo a Vanessa Lopes, que é o trabalho dela... Mas eu não entrei como nada disso, tenho que me tornar isso, porque hoje eu consigo entender que também é um trabalho. Filmar a minha rotina, mostrar minhas coisas é parte da entrega profissional. Só que ela não é remunerada, você faz pela visibilidade para talvez surgirem trabalhos em decorrência disso. É uma construção, e isso é difícil pra mim.
O Marcelo [filho mais velho] não gosta de aparecer, ficou impactado negativamente com tudo isso. Ele fica nervoso, ansioso, dá crise, então a gente tentou blindar ao máximo. Só que muitas pessoas querem saber dele, achando que vou fazer um vlog sobre a vida do meu filho autista. Mas eu não quero que ele fique doente! Quando ele quiser aparecer, ele aparece, mas não vou forçar. Já a minha filha [Laura] gosta, provavelmente vai fazer teatro, vai trabalhar na TV, ela gosta dessa atenção. Então, eu até apareço com a minha filha, mas não sempre, porque quero ter meus momentos genuínos com ela.
Quando tenho um evento, eu filmo tudo, porque acho que as pessoas merecem ver esse processo, que eu também adoraria ver se estivesse do outro lado. Mostrei o Prêmio Multishow, porque é algo que eu gostaria de ver também. Só que eu não sou a Virginia, não tenho esse mood.
Mas, como o fã de reality é diferente, o tratamento tem que ser diferente. É uma troca, mas precisa ser uma troca saudável. Tendo paciência, eles vão ser abastecidos com os conteúdos que eles querem. Eu estava me cobrando muito, estava triste, achando que tinha que postar o tempo todo. E não tem!
A participação no BBB abriu portas que talvez você não esperasse, como a chance de ser apresentadora de programa e jurada de reality. Como tem sido essa experiência? Já se sente 100% à vontade na frente das câmeras?
Eu sempre me senti. Essa é outra coisa que eu falei bastante, mas acho que as pessoas não estavam tão dispostas a ouvir na época. Eu tenho todo um storytelling da minha vida. Eu cursei Moda e, durante a faculdade, trabalhava como stylist de ensaios fotográficos. E, em ensaio assim, sempre precisa de alguém no estúdio para testar a luz do fotógrafo, e eu era chamada para isso.
Eu era muito magrinha na época, e as pessoas começaram a gostar. Um dia o fotógrafo postou minhas fotos no Facebook --para você ver como essa história é antiga (risos)--, e algumas marcas perguntaram se eu era modelo. Como estavam dispostas a pagar, e eu precisava de dinheiro, topei. "Dinheiro? Lógico, topo!" (risos). Eu não ia ser louca de recusar!
Nisso, fui indo, fui fazendo, ganhando meu dinheiro, entrei em duas agências, e elas faziam trabalhos para a Globo. Fui parar no Amor & Sexo [2009-2018]. Mas ralava pra caramba, pegava três ônibus pra chegar no Projac [atualmente chamado de Estúdios Globo], passava horas e horas em pé. Não tinha muito glamour, não (risos). Mas eu estava no mood topo tudo por dinheiro, não ia perder aquela oportunidade! E eu estudei um ano de teatro também, só que era muito caro, eu não tinha condições.
Aí, fui fazendo várias coisas diferentes no Amor & Sexo. Tinha que ficar de biquíni? Topo. Tinha que falar da bunda? Topo também. Eu fiquei muito apaixonada pela Fernanda Lima, pela forma dela de conduzir o programa. Eu olhava pra ela como se fosse um diamante, me colocava naquele lugar.
E eu fui ficando conhecida lá dentro, os diretores sabiam meu nome. Uma figurinista me perguntou se eu tinha DRT [registro profissional de atuação]. Eu falei que não tinha, ela sugeriu que eu tirasse um, porque estavam falando muito de mim, achava que poderia rolar alguma oportunidade maior.
Mas aí, meu filho parou tudo. Quando o Marcelo nasceu, não consegui pegar mais nada. Fiquei uns quatro anos só em função do meu filho. Quando eu falo que o BBB foi minha segunda chance nesse cenário, não é por acaso. Nada caiu do céu! Eu tenho capacidade, desenvoltura, eloquência... Usei aparelho, fiz fono, falo bem, sim. Ninguém vai invalidar isso. Eu mereço estar nesse lugar! E eu sei que tenho potência, não sou um peixe fora d'água!
Só que televisão também tem aquela questão de quem indica, de estar no lugar certo e na hora certa. Nunca vai depender só do seu talento e da sua vontade, vai depender muito mais da oportunidade. Apresentei o Na Cama com Pitanda [no Multishow], o De Lado com a Loba, no maior evento de música do Brasil [o Rock in Rio 2024].
Estive ao lado de pessoas que me inspiravam mesmo, colhi informações, me senti num cargo de importância, abracei a causa. E, acima de tudo, dei conta, fui muito elogiada pelos diretores. Agora, entrei como jurada num projeto de confeitaria, realizei esse sonho, tenho meu programa de confeitaria e cinema. Minha crescente não é aleatória, vem de muito merecimento e esforço.
Você já disse que não faria novela, por enquanto, por não ter estudado para isso. O que você imagina para seu futuro profissional?
A TV é o meu rolê, eu amo, não importa se é aberta, fechada, amo apresentar. A TV propaga para muito mais pessoas de uma vez do que os nichos da internet. E, como pessoa ansiosa, eu gosto da ideia de segurança (risos). Lugares palpáveis, projetos garantidos, com credibilidade, com chancela.
A minha ambição é estar em um projeto consolidado. Meu objetivo maior é encontrar um lugar, um formato, que tenha a sua permanência. O Que Seja Doce tem 11 anos, olha isso, a longevidade é um símbolo de sucesso.
Na própria Globo e em outras emissoras, os programas vêm e vão muito rápido. Isso não me traz segurança, eu queria algo mais consolidado. Vou lutar para encontrar um programa meu que dure anos. Eu me vejo num lugar de permanência na TV, no coração das pessoas, de carregar carinho, informação. Queria essa relação de, por exemplo, estar no ar toda sexta-feira, às 17h. Mas entendo que a TV tem essa coisa de temporadas porque precisa estar aberta ao novo para girar nomes, oportunidades, diversidade. Agradeço a Deus pelas oportunidades e tenho que seguir estudando e me profissionalizando.
Em paralelo a isso tudo, existe esse buraco negro chamado internet, que é quase uma terra sem lei, todo mundo pode nascer e crescer do dia pra noite, vide a menina do avião. É muito rápido, é muito instantâneo! Na TV, as coisas são organizadas nesse sentido, é por isso que eu me sinto mais confortável, tem toda uma pesquisa de público. Mas não dá para negar que a internet é para todo mundo, inclusive pra mim.
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