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AVIÃOZINHO

Fantástico expõe Viih Tube e Mel Maia por associação com jogo ilegal na internet

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Montagem com fotos de Viih Tube e Mel Maia

Viih Tube e Mel Maia foram citadas nominalmente em reportagem investigativa do Fantástico

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 17/12/2023 - 21h14
Atualizado em 17/12/2023 - 22h58

Acostumadas a serem citadas em reportagens sobre suas carreiras no entretenimento, Viih Tube e Mel Maia foram parar em uma investigação do Fantástico deste domingo (17). Elas apareceram na revista eletrônica porque usaram suas redes sociais na divulgação do "jogo do aviãozinho", que é ilegal no Brasil.

A reportagem também mostrou nomes como Rico Melquiades, Jon Vlogs e Juju Salimeni por sua associação com a casa de apostas Blaze --segundo a Globo, todos eles estão sendo investigados pela polícia por terem divulgado o game. O craque Neymar, que também divulga a empresa, e Felipe Neto, que já entrou em brigas virtuais e com a Record por causa da empresa de apostas, não foram citados no Fantástico.

A Globo explicou que a legislação brasileira permite jogos de aposta na chamada quota fixa, ou seja, quando o participante arrisca o resultado de uma partida esportiva. Também está liberada a modalidade de fantasia, na qual o usuário monta uma equipe virtual e ganha pontos se os atletas escalados apresentarem bons resultados --caso do Cartola, da própria emissora.

No entanto, o jogo do aviãozinho divulgado pelos influenciadores não é liberado no país porque depende exclusivamente da sorte. No game, o jogador faz sua aeronave decolar e, quanto mais ela voa, mais dinheiro pode ser entregue. Mas é precisar encerrar o "voo" antes que o avião sofra uma colisão --do contrário, o usuário perde todo o valor.

De setembro pra cá, a Justiça de São Paulo bloqueou R$ 101 milhões da Blaze e determinou a retirada do site do ar. A decisão não surtiu efeito. Segundo a polícia, os influenciadores que fazem a propaganda são um mecanismo essencial para a divulgação e o crescimento do jogo ilegal.

Em contato com a reportagem, Viih Tube disse que ao tomar conhecimento das denúncias contra a Blaze, pediu o encerramento do contrato dela com a empresa --de fato, no sábado (16) ela compartilhou Stories em seu Instagram celebrando que tinha se livrado do acordo com o site de apostas e que se sentia mal por ter divulgado jogos de azar para seus seguidores.

A assessoria de Jon Vlogs afirmou que ele tem contrato com a Blaze desde 2021, mas que a relação é exclusivamente de influenciador, não havendo participação acionária. A equipe não comentou a investigação. Segundo a Globo, Rico Melquiades, Mel Maia e Juju Salimeni não retornaram os contatos.

Após a exibição da reportagem, a ex-assistente de palco de Marcos Mion ironizou a situação. "Ai, gente, apareci no Fantástico pela primeira vez na vida. Grande m*rda, nunca precisei da Globo para ser quem eu sou", postou ela nos Stories do Instagram. Ela acusou a emissora de hipocrisia por criticar a Blaze mas ter sua programação patrocinadas por outras casas de apostas. "Nenhuma delas tem sede no Brasil, inclusive essas que aparecem na Globo, todas são em Curaçao. É muito ridículo, muito hipócrita."

Mel Maia afirmou ter respondido a reportagem do Fantástico e que não sabe por que seu posicionamento não foi exibido. Ela compartilhou a nota no seu perfil no Instagram. Na mensagem, afirma que não tinha conhecimento de qualquer investigação sobre a Blaze e que foi contratada apenas para ações de publicidade. "Ela aguardará o desfecho do procedimento investigativo a fim de tomar as medidas cabíveis", informaram seus advogados.

Rico Melquiades disse que foi procurado pela reportagem na noite de sexta (15) e que não teve tempo hábil para tomar conhecimento do caso. "Sua equipe jurídica está em contato com a empresa citada para apurar os fatos."

Já os advogados da Blaze alegaram que a empresa tem sede em Curaçao e que a atividade não configura infração penal, mesmo que os apostadores sejam brasileiros. Ressaltaram que, em outro caso semelhante, o Ministério Público de São Paulo pediu o arquivamento do inquérito policial, e que um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.


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