A Liga
Reprodução/Band
Maria Paula em imagem de A Liga em que presencia exumação em cemitério clandestino
DANIEL CASTRO
Publicado em 13/4/2016 - 5h22
Ex-Casseta & Planeta, Maria Paula Fidalgo, 45 anos, sofreu um choque de realidade ao estrear em A Liga, programa da Band que terá episódios inéditos a partir da próxima segunda-feira (18). Em sua primeira gravação, no início de março, a atriz foi enviada ao Capão Redondo, na periferia de São Paulo, para registrar a descoberta de um cemitério clandestino. Ela só percebeu o mundo cão em que havia se metido quando viu corpos em decomposição sendo retirados de covas rasas. "Passei mal. Não cheguei a vomitar, mas quase. Me deram uma máscara para aliviar. Passei dias sentindo aquele cheiro horrível. Fiquei abaladíssima", conta.
Na apresentação à imprensa da sexta temporada de A Liga, ontem (12) em São Paulo, Maria Paula brincou que, se àquela altura ainda não tivesse assinado contrato com a Band, teria desistido. "Eu liguei para o diretor para reclamar. Ele disse que era para eu ir me acostumando". Em outro choque de realidade, Maria Paula se viu à frente do corpo de um homem assassinado. "Fui gravar em uma cena de crime. Não queria ver [o corpo], mas acabei vendo. Mais difícil foi entrevistar a viúva, lidar com a dor daquela mulher", lembra.
Crescida no Leblon, na elegante zona sul do Rio de Janeiro, a humorista entrou pela primeira vez na Rocinha, uma das maiores favelas do mundo, para gravar A Liga. "Claro que tem uma realidade punk, gente no meio do lixo, mas a favela tem também um lado bom. A Rocinha não é tão violenta quanto imaginava. Tem gente feliz ali. [A reportagem de A Liga] Desconstruiu uma imagem babaca que eu tinha. Quem disse que não tesouros huma favela?", depõe.
O mundo cão não é exatamente uma novidade para a humorista, que já superou o susto das primeiras gravações e diz estar "amarradona" em A Liga e "orgulhosa" do que está fazendo. Ela desenvolve um trabalho social com presidiárias grávidas, tema da pesquisa do mestrado em psicologia que está cursando na UnB (Universidade de Brasília).
Rodrigo Belentani/Band
Mariana Weickert, Thaíde, Guga Noblat e Maria Paula na apresentação de A Liga à imprensa
Maria Paula e o ex-CQC Guga Noblat são as novidades do elenco dos 11 novos episódios de A Liga, formato da argentina Cuatro Cabezas (hoje Eyeworks/Warner) que se inspira no jornalismo gonzo, aquele em que o profissional da imprensa se envolve até o pescoço com a notícia. A graça de A Liga é mostrar o registro de diferentes realidades pelo ponto de vista de uma ex-modelo como Mariana Weickert ou de um rapper como Thaíde, veteranos da produção. "É um programa sem mimimi total, que mexe com sua vida, com o emocional. Você não sai ilesa", diz Mariana.
Na nova temporada, A Liga vai tratar de temas como o trabalho da Polícia Científica (episódio que trará Maria Paula vivendo dias de repórter policial), o submundo das favelas com guerras entre polícia e bandidos, book rosa e o universo do funk. Na estreia, no entanto, terá luxo e glamour, mostrará a vida de alguns dos brasileiros mais ricos do mundo, aqueles que podem ser chamados de bilionários.
Para a edição, Mariana Weickert foi até a Flórida entrevistar Flávio Augusto da Silva, o vendedor de cursos de inglês que criou a rede Wise Up, há 20 anos, e hoje é dono do Orlando City, clube que paga o salário de Kaká, ex-São Paulo e Real Madrid. O fato de só Mariana ter viajado gerou uma ciumeira nos demais apresentadores, aparentemente encenada. "Eles foram para Miami, eu fui para Botucatu", brincou Maria Paula no encontro com jornalistas. "Eu sou praticamente um estagiário, o filé mignon vai para os veteranos", reclamou Guga Noblat. O fato é que todos os quatro integrantes do elenco participam de todas as pautas. Mas nem todos viajam para os EUA.
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