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Folga bem gasta

De Get Down a 24 Horas; cinco séries que não merecem seu tempo no feriado

Divulgação/Netflix

A atriz norte-americana Herizen F. Guardiola interpreta uma crente ousada em The Get Down - Divulgação/Netflix

A atriz norte-americana Herizen F. Guardiola interpreta uma crente ousada em The Get Down

REDAÇÃO

Publicado em 28/4/2017 - 6h25

Para muitas pessoas, o feriado prolongado que começa nesta sexta (28) será de descanso e horas e horas em frente à TV. É o momento de colocar em dias as séries, filmes atrasados e programas "atrasados". Se a sua lista é extensa e inclui boas produções como Big Little Lies (HBO) e Feud (FX), não perca seu precioso tempo com as atrações listadas abaixo. Elas deram o que falar e tiveram grande divulgação, mas suas histórias não se sustentam e os personagens não agradam.

reprodução/netflix

Animação estilo história em quadrinhos está presente nos novos episódios de The Get Down

The Get Down (Netflix)
A série mais cara da Netflix é uma enorme decepção na segunda metade da primeira temporada. A produção que custou US$ 192 milhões (R$ 602 milhões), sobre o nascimento da bilionária indústria de hip-hop, ganhou animações bem toscas nos novos episódios, o que só reforçou o tom juvenil da trama. O bobo e novelesco romance proibido entre um rapper e uma jovem evangélica ofusca a qualidade visual e musical da atração. Melodrama puro.

divulgação/fox

O talentoso Corey Hawkins salvou sua pele na nova roupagem de 24 Horas, sem Jack Bauer

24 Horas: O Legado (Fox)
24 Horas: O Legado virou da noite para o dia de grande aposta para grande mico do ano (até agora). Sem Jack Bauer, a história contada em apenas 12 horas, metade da série original, não convence. Traz poucas reviravoltas, repete fórmulas antigas e reforça estereótipos, como retratar terroristas como árabes e muçulmanos e bandidos negros. A baixa audiência pode levar a Fox a desistir de uma segunda temporada.

Reprodução/Netflix

Michaela Coel em cena como Tracey, a esforçada e azarada protagonista de Chewing Gum

Chewing Gum (Netflix)
Na série britânica Chewing Gum, com duas temporadas na Netflix, a protagonista é Tracey (Michaela Coel), uma virgem de 24 anos que tenta satisfazer seus desejos e lidar com pessoas hostis e bizarras ao seu redor. O noivo, por exemplo, é um fanático religioso que rejeita qualquer aproximação sexual. Já a irmã é uma puritana que julga até os pensamentos de Tracey.

Chewing Gum é bem-sucedida ao retratar um gueto de Londres e as características de seus moradores, mas pega pesado ao tentar fazer humor com cenas constrangedoras e até escatológicas (com direito a vibrador usado e vômito). Em boa parte dos episódios, o sentimento em relação à protagonista é mais de pena do que de diversão.

divulgação/HBO

O comediante Pete Holmes interpreta o protagonista de Crashing, atração flopada da HBO

Crashing (HBO)
A nova série do produtor Judd Apatow (Girls, Love) para a HBO não empolga e parece apenas mais uma história de stand up comedy sem graça. O protagonista é Pete (Pete Holmes), um homem desempregado que, ao flagrar uma traição da mulher, sai de casa e tenta ganhar a vida como comediante. Com um nu frontal masculino gratuito logo no primeiro episódio, a comédia não se aprofunda em temas controversos e frequentes das séries do canal, como sexo e violência, e também é rasa em suas tramas e piadas.

divulgação/warner

Thalles Cabral, Daphne Bozaski e Michel Joelsas em cena da série nacional da Warner

Manual para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis (Warner Channel)
A primeira série nacional da Warner tenta abordar vários temas de uma vez só, mas não consegue se aprofundar e agradar em nenhum deles. Manual para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis tenta emplacar com tramas que vão de meio ambiente a música, passando também por economia, astronomia e amizade, mas a mistura não funciona e o telespectador pré-adolescente pode facilmente ficar confuso.

No ar desde 12 de março, todos os episódios são publicados no canal da Warner no YouTube logo após a exibição na TV.

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