CNN envia Márcio Gomes para Roma e adia série sobre Tancredo por causa do papa

A morte do papa Francisco (1936-2025), na manhã desta segunda-feira (21), forçou a CNN Brasil a mudar sua grade para fazer uma cobertura especial. O âncora Márcio Gomes foi enviado para Roma, na Itália, de onde ajudará a equipe sediada na Europa. Uma série especial sobre Tancredo Neves (1910-1985) precisou ser adiada para a semana que vem.

As novidades foram confirmadas pelo canal ao Notícias da TV. Além de Gomes, que está indo do Brasil para a Itália, a CNN também destacou o jornalista Américo Martins, seu correspondente em Londres, para a cobertura do funeral do papa argentino e o processo de conclave que se inicia depois.

É uma estratégia similar à da Globo, que também mandou César Tralli e o correspondente Murilo Salviano para se juntarem a Ilze Scamparini na cobertura do Vaticano nos próximos dias.

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Já as reportagens sobre Tancredo começariam a ir ao ar nesta segunda, no CNN Prime Time, como homenagem aos 40 anos da morte do presidente eleito, mas que não chegou a ser empossado --o político não resistiu a complicações cirúrgicas e morreu em 21 de abril de 1985.

Serão cinco episódios, com narração de William Waack, que vão esmiuçar os dias que antecedem a morte do político, com entrevistas com nomes como o ex-presidente José Sarney, vice que acabou assumindo o principal posto do Executivo brasileiro. A estreia ficou para a próxima segunda (28).

O canal de notícias também prepara um programa especial, que será exibido na noite desta segunda, das 23h à 1h da terça-feira (22), com apresentação do jornalista Iuri Pitta.

A caminho do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, Márcio Gomes compartilhou a foto de um morador de rua nos Stories de seu Instagram e fez uma provocação aos seus seguidores: "Indo fazer a cobertura do papa; ele, que sempre pensou nos pobres, dedicou muito de seu papado a isso. Onde erramos?".

O âncora do Prime Time também relembrou a cobertura que fez em 2015, na Coreia da Sul (quando era correspondente da Globo na Ásia), e acompanhou a passagem do papa Francisco pelo país. "Acompanhei todos os dias, de muito trabalho para enfrentar as multidões, a segurança, a logística. E ali o papa fez a pergunta que me faz refletir até hoje: 'Hoje, pelo que estamos dispostos a morrer?'", escreveu Gomes.

"Ou seja, qual o sacrifício que faríamos, não apenas pelos mais próximos, mas por quem não conhecemos. Esse era Francisco, que na sua simplicidade, foi inovador, sempre pensando nos mais pobres. Descanse em paz", discursou.