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Anos 1980

Reprise de Água Viva mostra quanto a tecnologia evoluiu em 30 anos

Divulgação/Viva

O ator Reginaldo Faria, que interpreta Nelson Fragonard na novela Água Viva, no ar pelo canal Viva - Divulgação/Viva

O ator Reginaldo Faria, que interpreta Nelson Fragonard na novela Água Viva, no ar pelo canal Viva

EDUARDO BONJOCH

Publicado em 9/10/2013 - 16h50
Atualizado em 13/10/2013 - 16h50

Se você é daqueles que volta para casa quando percebe que esqueceu o smartphone ou o tablet, vai se divertir com a reprise da novela Água Viva. Escrita por Gilberto Braga com colaboração de Manoel Carlos, a trama está sendo reprisada pelo canal Viva à meia-noite.

Exibida pela primeira vez de fevereiro a agosto de 1980, a produção retrata como era a vida no Rio de Janeiro no início dos anos 1980, ou seja, sem celular, computador, tablet, câmera digital e iPod.

O primeiro reprodutor de música portátil do mundo (o famoso Walkman, da Sony, que reproduzia fitas K-7), aliás, tinha sido lançado no Japão no ano anterior e videogame ainda era o Telejogo. A febre do Atari só tomaria conta dos jovens alguns anos mais tarde.

Não dá para acompanhar Água Viva sem reparar nesses detalhes e ver como a tecnologia marcava presença naquela época, ainda que de forma tímida. Durante uma recepção na casa do playboy Nelson Fragonard (vivido por Reginaldo Faria), logo no primeiro capítulo, por exemplo, coube ao fotógrafo Bruno (Kadu Moliterno) a tarefa de trocar a fita K-7 que servia de som ambiente para descontrair os convidados.

No mesmo capítulo, Bruno faz um ensaio fotográfico da ambiciosa Lígia (Betty Faria) em seu estúdio, mas a pobrezinha nem pode olhar o resultado na hora, porque era preciso revelar os filmes antes de conferir os cliques. Postar para os amigos no Facebook ou no Instagram, então, somente três décadas mais tarde!

Que falta fazia o celular. Localizar o filho rebelde ou um amigo só era possível quando os personagens estivessem em casa ou decidissem mandar notícia pelo orelhão. E nada da comodidade dos telefones sem fio e com teclas. O jeito era fazer como Lígia, ao se comunicar com a divertida milionária Stella Simpson: discar calmamente cada número nos nada práticos aparelhos da época.

No terceiro capítulo, conhecemos o ambiente mais “transado” da novela: o quarto do jovem Marcos Mesquita, vivido por Fábio Júnior. Ali estão as marcas tecnológicas do início dos anos 80: muitas fitas K-7, discos de vinil e até um saudoso gravador de rolo.

É, o mundo mudou muito nos últimos 30 anos.

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