SEM QUERER QUERENDO
REPRODUÇÃO/MAX
Pablo Cruz Guerrero como Roberto Gómez Bolãnos na série Chespirito: Sem Querer Querendo
Chespirito: Sem Querer Querendo chega nesta quinta (5) à Max para mostrar um lado nem tão conhecido assim de Roberto Gómez Bolãnos (1929-2014). Para recontar a história do criador de Chaves (1975-1980) e Chapolin (1973-1979) por trás das câmeras, o elenco fez de uma "masterclass" de choro a uma dieta diferente --passando, inclusive, por alguns climões.
A atriz Paola Montes, por exemplo, teve uma aula com ninguém menos que Maria Antonieta de las Nieves para chorar como a Chiquinha. Intérprete da personagem no seriado original, a veterana contou que o segredo estava no número de "nhéns".
"Ela me falou muito das experiências de sua vida, me deu muitas dicas e me ensinou a chorar como a Chiquinha. E falava: 'Não, não, não, você não tem que chorar quatro vezes, mas apenas três'. Para mim, foi uma grande responsabilidade. Sentia muito medo, fiquei muito nervosa, não queria fazer nada errado", contou a artista na coletiva de imprensa da qual o Notícias da TV participou na segunda-feira (2).
Eugenio Bartilotti, por sua vez, brincou que teve de ser bom de garfo para assumir o papel de Édgar Vivar --que deu vida ao senhor Barriga e também ao Nhonho. "Não é uma paródia, mas uma recriação de alguns dos maiores personagens da América Latina. Eu tive que engordar um pouco, usar enchimento, mas estou muito feliz", assegurou.
Pablo Cruz Guerrero, que ficou justamente com o papel de Bolãnos, se surpreendeu em uma das primeiras conversas com o filho de Chespirito. Também produtor executivo da série, Roberto Gómez Fernández disse que o ator era "muito alto" para interpretar o seu pai.
"Esse poderia ter sido um elemento que me desestabiliza, mas acabou me empoderando. Porque, em vez de me sentir inseguro, pensei: 'Nossa, ninguém tinha me falado isso'. Então era para aquele papel ser meu [mesmo com toda a altura]", avaliou.
Roberto Fernández foi um dos que não conseguiu conter a emoção nos bastidores. "Houve momentos muito engraçados, mas também com um impacto muito forte. Eu cheguei a chorar, porque pensei que estava vendo mesmo o meu pai", pontuou.
Apesar de boa parte do elenco original que ainda está vivo ter colaborado com os atores, nomes como Carlos Villagrán se mantiveram afastados do projeto. Intérprete de Quico, o veterano deixou o seriado original em 1978 após desentendimentos com o próprio Bolaños.
Ele é citado na série por meio do fictício Marcos Barragan, que é vivido por Juan Lecanda. O mesmo aconteceu com Florinda Meza, que foi reimaginada como Margarita Ruiz, papel que coube à atriz Bárbara López.
"Eu tentei preencher essa lacuna [na construção do personagem] por meio de entrevistas, vídeos. Espero que todos vejam a série sem preconceito e entendam que foi feito com muito amor", declarou o ator.
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