Melhores da TV - Análise
Divulgação
Jim Parsons, vencedor do Emmy de melhor ator de comédia no Emmy 2013
BRUNO CARVALHO
Publicado em 23/9/2013 - 6h52
Começou com uma montagem fraca e nada inventiva envolvendo o sempre talentoso apresentador Neil Patrick Harris. Seguiu para um bid que envolveu os recentes mestres de cerimônia Jimmy Kimmel, Jane Lynch, Jimmy Fallon e Conan O’Brien. Daí culminou em Kevin Spacey e na ótima menção a House of Cards, que fez história no Emmy como a primeira produção totalmente para internet indicada nas categorias principais.
O Emmy, enfim, foi direto ao ponto e premiou com precisão os primeiros vencedores. Como foi bom ver Merritt Wever, Julia Louis-Dreyfuss, Tony Hale e outros com estátuas na mão em vez de nomes batidos.
Precisava de um terceiro Emmy pra Jim Parsons? Não, mas a noite seguiu bem dando o primeiro Emmy de Anna Gunn por Breaking Bade foi capaz de surpreender com Bobby Cannavale (Boardwalk Empire) e Jeff Daniels (The Newsroom) levando a estatueta no lugar de outros favoritos, incluindo Kevin Spacey, Peter Dinklage, Aaron Paul e Bryan Cranston. Foram prêmios merecidos, e isso é inegável.
Já o apresentador Neil Patrick Harris preferiu mais exercer seus talentos musicais e de dança e canto do que os cômicos. O Emmy virou o Tony, com três grandes números musicais no decorrer de suas longas e habituais três horas de duração.
Faltou graça? Sim. Foi um dos Emmys mais burocráticos recentemente. Mas foi balanceado, o que importa, ao contrário da bagunça generalizada que costuma ocorrer nos Golden Globes, por exemplo. Embora com o pedal no automático em se tratando de premiar comédia (muitos votantes são velhos e conservadores) _premiando Modern Family pelo quarto ano seguido (quando temos Veep, Louie e Parks por aí)_ a Academia finalmente deu o prêmio para Breaking Bad como a melhor série dramática do ano, que foi, depois de esnobá-la em outras categorias técnicas e de atuação masculina este ano.
E Homeland só levou por Q&A porque aquele foi o único episódio bom de toda a segunda temporada. Se os votantes realmente assistissem à série, dificilmente ela levaria.
BRUNO CARVALHO é editor do Ligado em Série
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