Era de Ouro
Divulgação/Studio Canal
O cineasta e diretor brasileiro José Padilha em filmagem de RoboCop, longa de 2014
REDAÇÃO
Publicado em 6/6/2016 - 19h01
Para o cineasta brasileiro José Padilha, diretor e produtor da série Narcos e dos filmes Tropa de Elite 1 e 2, a televisão está "se tornando mais interessante do que o cinema", o que justifica a alta qualidade das séries produzidas nos últimos anos. "É tudo uma questão de negócios", disse Padilha em entrevista para a revista Variety, publicada nesta segunda (6).
"No cinema, o filme precisa arrecadar o que foi investido, o que leva os executivos a serem mais conservadores em relação ao conteúdo da trama, por terem medo", falou o cineasta. "Já na Netflix, a renda não se baseia na comercialização de uma série, mas sim nos assinantes [da plataforma]", comentou.
Essa independência, para Padilha, é fundamental. "Nós podemos correr riscos", continuou. "O modelo de streaming permite que sejamos mais ousados, podemos pegar mais pesado, podemos ser mais livres e francos".
reprodução/netflix
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O cineasta, que dirigiu a versão de 2014 de RoboCop, reforçou sua crítica à indústria do cinema. "Em geral, os filmes estão se repetindo, com excessos de super-heróis e de efeitos especiais. E não se vê muitos dramas interessantes e bem estruturados".
Há dois anos, Padilha tem se dedicado mais à TV do que ao cinema. Além de cuidar da segunda temporada de Narcos, o brasileiro está trabalhando em uma série sobre gangues no sistema prisional norte-americano, chamada de The Brand (Showtime), e fará para a Netflix uma série baseada no atual cenário da política brasileira, com foco na operação Lava-Jato.
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