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Divulgação/FX
Kirsten Dunst em cena da segunda temporada de Fargo, série premiada e inédita no Brasil
JOÃO DA PAZ
Publicado em 13/10/2017 - 5h10
Os canais e serviços de streaming do Brasil não dão conta da profusão de séries da atualidade, já que são produzidas mais de 500 por ano. Muita coisa boa fica de fora, como a vencedora do Emmy deste ano, The Handmaid’s Tale, estrelada por Elisabeth Moss (ex-Mad Men), que será exibida pelo Paramount Channel só no início do ano que vem.
Há séries para todos os gostos que não estão na TV brasileira. De uma história policial de alto nível em meio ao território gelado dos Estados Unidos (Fargo) a um drama familiar ambientado em uma zona rural (Queen Sugar).
Merecem menção também o remake do filme O Nome do Jogo (1995), chamado de Get Shorty, a comédia Fresh Off the Boat, que agradará ao fã de Todo Mundo Odeia o Chris (2005-2009), e a surpreendente The Bold Type, sobre os bastidores de uma revista feminina.
Saiba mais sobre essas cinco séries que você poderia curtir no feriadão _se elas fossem exibidas por aqui:
divulgação/fx
Ewan McGregor foi a estrela de Hollywood selecionada para a terceira temporada da Fargo
Fargo
Uma das séries mais premiadas dos últimos tempos, com 32 vitórias no Emmy e 133 indicações, Fargo é livremente baseada no filme homônimo de 1996. São três temporadas: cada uma delas conta uma história completa, basicamente sobre crimes no extremo norte dos Estados Unidos.
O clima gelado prepara um ambiente diferente de outros dramas policiais (nas quentes Miami ou Los Angeles). E toda a execução é impecável, um prato cheio ao admirador de séries gabiratadas.
Os atores escolhidos são todos de alto nível: Billy Bob Thornton e Martin Freeman (primeira temporada); Kirsten Dunst e Ted Danson (segunda) e Ewan McGregor e Carrie Coon (terceira). O canal FX quer a quarta temporada e aguardará pacientemente o criador Noah Hawley apresentar uma nova ideia excitante.
Divulgação/ABC
Constance Wu é considerada uma das melhores comediantes da atualidade na TV dos EUA
Fresh Off the Boat
Quem gosta de Todo Mundo Odeia o Chris vai curtir Fresh Off the Boat, comédia sobre uma família taiwanesa-americana (marido, mulher e três filhos) que vive em Orlando na metade dos anos 1990. A nostalgia da década tem presença forte na trama, com três temporadas na conta; a quarta está no ar desde o começo deste mês.
A estrela da série é Constance Wu, rotulada pela revista The Hollywood Reporter como a atriz revelação da TV. Ela interpreta Jessica Huang, a matriarca que comanda a casa com mão de ferro. Mesquinha e mal-humorada, seu jeito lembra muito Julius (Terry Crews), pai do Chris. Vale destacar a boa atuação de Randall Park, que interpretou o líder norte-coreano Kim Jong-un no filme A Entrevista (2014).
divulgação/epix
Protagonizada pelo ator Chris O'Dowd, Get Shorty é um remake do filme homônimo de 1995
Get Shorty
Romance de Elmore Leonard, Get Shorty (1990) ganhou uma versão no cinema em 1995, estrelada por John Travolta, chamada no Brasil de O Nome do Jogo. A série homônima, do canal Epix, se baseia na mesma estrutura do longa. Um bandido vai para Los Angeles cobrar uma dívida de um roteirista. Amante de filmes, ele se inspira em um trabalho do escritor e tenta emplacar um filme em Hollywood.
O ator irlandês Chris O'Dowd faz Miles Davis, o criminoso cinéfilo. Ele é a alma da trama estreante (já renovada para a segunda temporada) e cativa o telespectador, que cai na armadilha do anti-herói, pois torce a favor de um assassino na jornada para se endireitar.
Miles tem duas facetas, uma implacável ao assumir sua identidade criminosa e outra amável, ao lado da mulher e da filha pequena. O elenco conta ainda com Ray Romano, ex-Everybody Loves Raymond (1996-2005).
divulgação/own
Kofi Siriboe, Dawn Gardner (centro) e Rutina Wesley na primeira temporada de Queen Sugar
Queen Sugar
Série do canal de Oprah Winfrey, Queen Sugar é um fenômeno nos Estados Unidos. É a atração líder de audiência nas noites de exibição, às quartas, entre mulheres de 25 a 54 anos. Entre o público geral, o drama consegue o dobro de audiência da aclamada Mr. Robot, por exemplo.
A atração conta como três irmãos deixam as diferenças de lado para continuar os negócios do pai morto, um fazendeiro de cana de açúcar na zona rural do Estado de Louisiana.
Desenvolvida pela cineasta Ava DuVernay, indicada ao Oscar pelo documentário A 13ª Emenda (Netflix), a série é carregada de um drama intenso, com barracos épicos e atuações de tirar o fôlego.
Com tantas atrações situadas em cidades médias ou grandes, é interessante ver uma história no interior, que fala de plantação e tratores. A segunda temporada está no ar, e a série já foi renovada para o terceiro ano.
divulgação/Freeform
O trio protagonista da série Bold Type: Aisha Dee (à esq.), Meghann Fahy e Katie Stevens
The Bold Type
A revista New Yorker rotulou The Bold Type com precisão: a melhor surpresa do ano. A série chegou despretensiosa e deixou a mídia especializada maravilhada pela trama simples, mas muito bem executada e com reviravoltas construídas com eficiência. O drama conta a história de três amigas que trabalham em uma revista feminina chamada Scarlet. É inspirado na vida de Joana Coles, ex-chefe de Redação da Cosmopolitan.
The Bold Type está mais próximo de um drama adolescente (como Riverdale) do que de uma das melhores séries já feitas (Breaking Bad). Porém, mesmo o telespectador mais exigente não se decepcionará com a trama e verá atuações inspiradas do trio de protagonista: Aisha Dee, Meghann Fahy e Katie Stevens.
A primeira temporada teve dez episódios, e o canal Freeform renovou a atração para mais dois anos de uma só vez, algo raro na TV norte-americana.
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