WAKANDA
REPRODUÇÃO/DISNEY+
O Pantera Negra é um dos destaques da animação What If...?; agora, Wakanda terá animação própria
Anunciada em fevereiro de 2021, a série de drama situada no reino fictício de Wakanda deixou de ser live-action. Para tentar evitar a chamada "fadiga de super-heróis" que tem afetado o desempenho dos últimos filmes e das séries recentes da Marvel, a empresa optou por transformar o projeto baseado no Pantera Negra em uma animação. Ainda não há previsão de estreia no Disney+.
O desenho foi revelado pelo produtor Brad Winderbaum, chefe de streaming, televisão e animação da Marvel, durante um evento de divulgação da segunda temporada de What If...?. Também foram promovidos X-Men '97, continuação do clássico dos anos 1990, e Your Friendly Neighborhood Spider-Man, que mostrará a vida de Peter Parker no colégio.
Pouco foi dito sobre a animação de Wakanda --Ryan Coogler, diretor dos dois filmes do Pantera Negra, deve ter um papel nos bastidores da atração --ele fechou um acordo de cinco anos com a Disney para desenvolver vários projetos no universo do herói africano; até o momento, nenhum foi anunciado.
"Em toda a história de Wakanda, guerreiros corajosos receberam a missão de viajar o mundo para recuperar artefatos perigosos de vibranium. Essa é a história deles", informou a breve sinopse do novo desenho.
A transformação da série live-action em animação é mais uma medida da Marvel para tentar reverter a crise que ela tem encarado desde o ano passado. Depois de uma avalanche de lançamentos no cinema e no Disney+, os projetos da editora começaram a fracassar em repercussão --como a série Invasão Secreta (2023)-- e em bilheteria --caso de As Marvels (2023).
Outra decisão foi a de tentar desamarrar um pouco suas histórias, para que o público não tenha a obrigação de acompanhar várias histórias apenas para entender o que está acontecendo. Isso já começa a valer na próxima série live-action da companhia, Eco, que será lançada em 10 de janeiro.
A atração que conta a história de Maya (Alaqua Cox) inaugurará o selo Marvel Spotlight, com histórias antológicas --ou seja, que funcionam de maneira independente. Winderbaum definiu a novidade de maneira bastante clara:
Assim como os fãs de quadrinhos não precisavam ler as revistas dos Vingadores ou do Quarteto Fantástico para poder se divertir com uma história do Motoqueiro Fantasma no Spotlight, nosso público não precisará ter visto as outras séries da Marvel para entender o que está acontecendo com Maya.
"Marvel Spotlight nos traz uma plataforma para apresentar histórias mais pé no chão e focadas nos personagens para a tela. E, no caso da Eco, podemos focar em ameaças de rua em vez da continuidade enorme do MCU", disse.
A proposta do selo Spotlight, então, é atrair aquele público que desistiu de acompanhar dezenas de filmes, séries e especiais para tentar entender o que está acontecendo na história que deseja assistir. Uma reclamação frequente dos fãs era de que, mesmo vendo todas as produções, ainda faltava uma recompensa como a entregue em Vingadores: Ultimato (2019).
Mesmo assim, já surgem dúvidas sobre como a novidade vai funcionar, já que Eco, personagem que marca a estreia do Spotlight, surgiu em Gavião Arqueiro (2021). A série também contará com a participação do Demolidor (Charlie Cox), que já apareceu em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (2022), deu as caras em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021) e ganhará uma atração própria. Ou seja: a trama antológica não será tão independente assim.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.