CADÊ O GLAMOUR?
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Peter Serafinowicz (de azul) e Griffin Newman em The Tick: impossível pausar para o xixi
Quem pensa que atores levam uma vida tranquila precisa rever seus conceitos: além de enfrentarem muita rejeição em busca de bons papéis, aqueles poucos que conseguem a fama precisam superar alguns problemas triviais e de pouco glamour, como a dificuldade para fazer xixi ou lentes que bloqueiam boa parte da visão durante as filmagens.
O Notícias da TV conversou com atores de séries de sucesso dos Estados Unidos e eles contaram o lado obscuro do sucesso. Uma intérprete de vampira revelou que sofria com os dentes afiados que precisava usar em cena; outra atriz passou a ter pânico de bactérias após interpretar uma médica especializada em infecções.
Há ainda o caso de um ator, filho de um pastor, que precisou enfrentar as próprias crenças religiosas e a fé da família para aceitar um papel em O Exorcista. Confira cinco perrengues vividos por astros de séries:
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Eline Powell com a lente muito clara que usa para virar sereia na série Siren: difícil enxergar
Visão alterada
A série Siren, que estreia em 29 de março nos Estados Unidos, trouxe um desafio para a protagonista, Eline Powell: para viver a sereia Ryn, a atriz usa uma lente colorida que deixa seus olhos muito azuis. "Ela é tão grossa que modifica totalmente a minha capacidade de enxergar, eu passo a ver o mundo literalmente de outra maneira. Além disso, são bastante incômodas e chegam a machucar", revela Eline.
O brasileiro Fernando Alves Pinto também passou por uma experiência similar em O Hipnotizador, da HBO, série na qual interpreta um cego. "Eu via um pouquinho a luz, mas não enxergava. É muito interessante você se entregar", diz ele.
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Kristin Bauer exibe os dentes pontudos (e incômodos) de Pam, a vampira sexy de True Blood
Dentes incômodos
Intérprete da vampira Pam nas sete temporadas de True Blood (2008-2014), Kristin Bauer sofreu para se adaptar às próteses dentárias afiadas que precisava usar na série. "Eles deveriam dar um curso de como ser vampiro, sério", brinca ela, aos risos.
"Os dentes são grandes e afiados, acabavam machucando meu lábio inferior. O Stephen Moyer [que viveu Bill] me dizia: 'Você aguenta a dor, não tem muito o que fazer'. Até falar com os dentes era difícil, eu parecia estar com a língua presa", lembra Kristin.
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Griffin Newman, Scott Speiser e Peter Serafinowicz em The Tick: fantasias sempre atrapalham
Sem pausa para o banheiro
A série The Tick, disponível no Amazon Prime Video, adaptou para a TV o super-herói dos quadrinhos. Mas o que funciona bem em desenho fica complicado com atores de verdade. Peter Serafinowicz, que vive o besouro azul, teve problemas com a mobilidade de sua fantasia composta de várias peças. Ir ao banheiro, nem pensar.
"É claro que ninguém dizia que eu não poderia fazer xixi, mas tirar a roupa dava tanto trabalho que eu simplesmente desencanei", conta ele. "Todo ator que interpreta um super-herói reclama de sua fantasia, mas nenhuma era tão ruim quanto a minha."
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Abbie Cornish interpreta a infectologista Cathy em Tom Clancy's Jack Ryan, prevista para 2018
Paranoia com bactérias
Prevista para o ano que vem, a série Tom Clancy's Jack Ryan leva para a televisão o herói de filmes como Caçada ao Outubro Vermelho (1990) e Perigo Real e Imediato (1994). Como a produção se passa antes dos longas, vai mostrar como Jack (John Krasinski, de The Office) e sua mulher, Cathy (Abbie Cornish), se conheceram.
Para interpretar a médica infectologista, Abbie mergulhou fundo. "Eu ouvi vários podcasts sobre doenças infecciosas. São curiosos, mas tão longos, alguns tinham mais de 12 horas. Foi ótimo para ajudar a compor a Cathy, mas fiquei meio traumatizada. Agora, carrego álcool em gel e lenços de papel para onde vou, abro torneiras e portas com o cotovelo. Sei que as bactérias estão em todo lugar!", avisa.
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Filho de um religioso na vida real, John Cho encara demônios e possessões em O Exorcista
Conflito com a própria fé
Uma das novidades no elenco da segunda temporada de O Exorcista, o ator John Cho precisou enfrentar a religião em que foi criado para aceitar o papel de Andy Kim, figura paterna de uma família vítima de possessão. "Meu pai era pastor cristão, então meus parentes são muito religiosos, eu fui criado dentro da igreja. Falar de temas como possessão, exorcismo é tabu lá em casa", explica.
O ator confessa que não tinha assistido ao clássico filme de 1973 por causa de sua religião. "Depois que aceitei o papel, decidi ver. E não entendo porque causou tanta polêmica. Exorcismo e demônio são conceitos que existem na Bíblia, não é nada inventado. Talvez alguns símbolos usados sejam controversos", especula.
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