Adolescência dispara no boca a boca, bate recorde e humilha superproduções

Em sua primeira semana completa no catálogo da Netflix, a minissérie britânica Adolescência disparou com os assinantes da plataforma, bateu recorde no streaming e humilhou até superproduções como o filme The Electric State, que custou quase R$ 2 bilhões, e a série A Residência, nova atração de Shonda Rhimes (de Grey's Anatomy e Bridgerton).

Segundo dados divulgados pela própria Netflix nesta terça-feira (25), Adolescência foi a produção mais vista de toda a plataforma na semana de 17 a 23 de março, com mais do que o dobro de qualquer outro projeto.

Ela obteve 42 milhões de visualizações no período, totalizando 66,3 milhões em apenas 11 dias no catálogo --um recorde entre todas as séries limitadas no streaming. Também se tornou a produção britânica mais assistida da Netflix em duas semanas e, no Reino Unido, desbancou a audiência até da TV aberta.

MANUELA DIAS

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O filme The Electric State, estrelado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt, dirigido pelos irmãos Russo e orçado em US$ 320 milhões (R$ 1,8 bilhão), não resistiu às críticas no lançamento e somou "apenas" 22,5 milhões de views em sua segunda semana na Netflix.

Por conta do preço altíssimo (é o filme mais caro da história da empresa), a produção já é considerada um fracasso para a Netflix --mesmo conseguindo se manter no posto de filme mais assistido da plataforma na semana. Parece difícil até mesmo que Electric State entre no Top 10 de mais vistos da história.

A Residência, mais recente fruto do acordo que Shonda Rhimes mantém com a gigante do streaming, também deixou a desejar na sua estreia. A série estrelada por Uzo Aduba (de Orange Is the New Black) conseguiu 6,4 milhões de visualizações --mas, como foi lançada na quinta (20), teve apenas quatro dias para contabilizar o maior público possível.

Qual é a sinopse de Adolescência?

Com quatro episódios gravados em planos-sequência (em uma tomada só, sem cortes), Adolescência conta a história de Jamie Miller (Owen Cooper, em seu primeiro papel), um menino de 13 anos que é acusado de assassinar uma colega de escola.

Conforme a polícia investiga o crime, e uma psicóloga conversa com Jamie para entender suas supostas motivações, a série coloca o dedo na ferida de temas como saúde mental, bullying, misoginia e violência contra a mulher.