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Qual é o segredo de O Cravo e a Rosa? Autor explica por que novela ainda faz sucesso

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Catarina (Adriana Esteves) e Petruchio (Eduardo Moscovis) em cena de O Cravo e a Rosa (2000), ele tenta abraçá-la, ela faz cara de novo e tenta afastá-lo

Catarina (Adriana Esteves) e Petruchio (Eduardo Moscovis) em cena de O Cravo e a Rosa (2000)

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 24/7/2023 - 6h25

O Cravo e a Rosa foi exibida originalmente no ano 2000. Desde então, já ganhou quatro reprises, três na Globo e uma no Viva. Em todas, foi sucesso de público. Segundo o autor, Walcyr Carrasco, isso acontece porque a novela é baseada numa obra atemporal de William Shakespeare (1564-1616) e tem elementos que seguem tocando o público e causando identificação.

A exibição mais recente de O Cravo e a Rosa na TV foi entre 6 de dezembro de 2021 e 30 de setembro de 2022. A novela foi escolhida para estrear uma nova faixa de reprises da Globo, após o Jornal Hoje, numa aposta para levantar o ibope da emissora e vencer a Record --que vinha tendo bons índices no horário com A Hora da Venenosa, quadro do Balanço Geral.

A estratégia deu muito certo: O Cravo e a Rosa só perdeu de A Hora da Venenosa um dia, em sua segunda semana de exibição. Na última semana, estava batendo 17 pontos, índice excelente para a faixa horária.

Walcyr Carrasco credita parte do sucesso da novela a Shakespeare. "Ela é uma adaptação de A Megera Domada. Inclusive com os nomes e algumas cenas de A Megera Domada. Se a obra de Shakespeare durou tanto tempo, e vai continuar durando, eu acho que [é porque] uma ficção que toca as pessoas vai durar", explicou, durante evento para o lançamento do livro A Telenovela e o Futuro da Televisão Brasileira, de Rosane Svartman, em São Paulo.

Não são todas as novelas que vão permanecer, muitas vão ser esquecidas. Mas algumas têm essa condição de tocar [o público].

O autor também acredita que a história de Catarina (Adriana Esteves) continua atual para o público brasileiro, especialmente para as mulheres. A protagonista era feminista e lutava para não ter de seguir normas estabelecidas por homens sobre sua vida.

"A protagonista é uma feminista lutando pelos direitos das mulheres. As mulheres sabem que continuam lutando pelos seus direitos, seu espaço. Pode ser até de uma maneira diferente, mas ver uma mulher empoderada, que luta pelo seu espaço e que não aceita o casamento forçado [na novela], é uma coisa que permanece atual. Para as mulheres, isso não foi resolvido. Talvez numa sociedade utópica, daqui a não sei quantos anos, as mulheres sejam todas empoderadas e pensem: 'Nossa, que bobagem'. Mas, por enquanto, não é assim", defendeu ele.

Além disso, Carrasco pontuou que suas grandes inspirações para criar tramas de novelas não estão necessariamente no presente, mas sim no passado. Ele revisita histórias clássicas e mitos antigos para criar suas histórias.

"Acredita-se muito hoje em pesquisa para telenovela. Mas eu pessoalmente acho que a grande pesquisa não é aquela que se faz falando das histórias. A pesquisa está no imaginário da humanidade. Pesquisa são os mitos. É de lá que sai o grande manancial de ideias e emoções com que a gente trabalha até hoje", declarou.


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