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SUCESSORA DE VALE TUDO

Próxima novela das nove da Globo, Três Graças aperta a ferida da corrupção

LÉO ROSÁRIO/TV GLOBO

Sophie Charlotte posa durante festa da Globo

Sophie Charlotte durante a festa de 60 anos da Globo: ela vai protagonizar a novela Três Graças

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 9/5/2025 - 16h00

Sucessora do remake de Vale Tudo, a novela Três Graças tem como um de seus pilares uma denúncia sobre remédios distribuídos gratuitamente à população carente que são ineficazes por causa de um esquema de corrupção na área da saúde. No centro da fraude está Santiago Ferette, um político influente que se apresenta publicamente como um benfeitor do povo.

Com 30 capítulos em mãos, o diretor artístico Luiz Henrique Rios corre contra o tempo para terminar de escalar o elenco da próxima novela das nove. A trama começará a ser gravada em julho e tem previsão de estrear em 20 de outubro, se a Globo não encurtar Vale Tudo --o que já está sendo cogitado internamente.

O nome do ator que fará Ferette ainda não foi divulgado, mas o papel pode ficar com Miguel Falabella, recém-contratado para a obra. Conhecido por sua ações sociais, o político está diretamente ligado à distribuição dos medicamentos falsificados e é o principal nome por trás da fundação que administra a Farmácia Social, programa usado como fachada para a fraude.

Ao lado dele está dona Cobra, uma figura temida e autoritária, que atua como braço operacional do esquema. É ela quem inferniza Gerluce (Sophie Charlotte) no trabalho. Outra personagem que entra no radar das suspeitas é Xenica, mãe do médico José Maria. 

O envolvimento de Xenica na fraude coloca José Maria em uma posição delicada. Ele é o responsável por assinar as requisições dos exames laboratoriais que poderiam comprovar a ineficácia dos medicamentos.

Ponto de partida da história

A nova novela de Aguinaldo Silva retrata a vida de três mulheres da mesma família que enfrentam desigualdade, corrupção e dilemas íntimos no coração da periferia paulistana, a comunidade da Chacrinha.

Gerluce, sua mãe, Lígia (Dira Paes), e sua filha, Joélly (Alana Cabral), formam o eixo emocional e narrativo da trama. São mulheres marcadas por batalhas pessoais que refletem questões sociais urgentes.

A heroína que será vivida por Sophie Charlotte é uma mulher trabalhadora, que cuida da filha adolescente e da mãe doente ao mesmo tempo em que encara jornadas duras como cuidadora em uma casa de pessoas ricas.

O cotidiano apertado e a luta por dignidade ganham contornos dramáticos quando Joélly, com apenas 15 anos, descobre que está grávida. A revelação abala as estruturas da família, nas Gerluce decide apoiá-la, repetindo o mesmo caminho que ela percorreu na juventude.

Em paralelo, Gerluce ainda enfrenta decepções amorosas, como o rompimento com Gilmar, um homem casado que a enganava. E sua vida fica ainda mais tensa ao descobrir que os medicamentos usados por Lígia --fornecidos pela Farmácia Social-- podem ser ineficazes ou até falsificados.

Lígia toma os remédios rigorosamente, mas seu estado de saúde só piora. Um exame revela a ausência de qualquer vestígio das substâncias no sangue. A partir daí, Gerluce e sua melhor amiga, a farmacêutica Viviane, iniciam uma investigação por conta própria --e se deparam com um possível esquema de fraude encabeçado por figuras poderosas, como o político Ferette e sua aliada, dona Cobra.

O dilema se intensifica quando as duas percebem que, sem provas concretas, qualquer denúncia pode ser fatal. Ainda assim, Gerluce está decidida: não vai descansar enquanto não proteger sua mãe e os outros pacientes da comunidade.

A novela, criada por Aguinaldo Silva em parceria com Virgílio Silva e Zé Dassilva, combina realismo social, denúncia política e trama familiar com o DNA clássico dos grandes folhetins.


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