Na novela das sete, mafioso de Lima Duarte critica corrupção no Brasil

Novela das sete da Globo, I Love Paraisópolis atacará o "jeitinho brasileiro". Os autores da trama, Alcides Nogueira e Mario Teixeira, usarão ironicamente um mafioso, Dom Peppino, personagem de Lima Duarte, para um discurso contra a corrupção no país. "O brasileiro reclama da sujeira nas cidades, mas joga lixo na rua. Reclama da corrupção do governo, mas estaciona em vagas para deficientes, suborna o guarda de trânsito, fura filas, compra produtos falsificados", dirá o bandidão italiano, que atua em Nova York.

A cena irá ao ar na próxima terça (1º), durante a inauguração do restaurante Cebola Brava, de Mari (Bruna Marquezine) e Olga (Paula Barbosa), em que todos os personagens estarão presentes. Um pouco afastado da agitação, o mafioso observará atento como os convidados se comportam durante a festa e comentará com Alceste (Pathy Dejesus): "Tenho a impressão de que estou começando a entender os brasileiros".

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"Enquanto Dom Peppino fala, a câmera vai mostrando situações dos convidados. Claudinei (Iuri Kruschewsky), Donivan (Orlando Caldeira), Tatu (Gustavo Piaskoski) e Tadeu (Giovanni Gallo) jogam com bolinhas de guardanapo amassadas, fingem que são bolas de futebol (...) Expedito (José Dumont), orgulhoso, mostra para Ramira (Tuna Dwek) o que fez por ali (...) Omara come salgadinhos, relaxada. Silvéria (Ilana Kaplan) com cara de nojo para tudo, mas escondendo docinhos na bolsa. (...) Mirela (Luana Martau) e Claudete (Mariana Xavier) conversando com Raul (André Loddi), cheias de amor para dar (...) Deodora (Dani Ornellas) e Lilica (Thainá Duarte) espiando a decoração das mesas, encantadas. Urbana (Maria Paula Lima) e Primo (Danilo Mesquita) conversando, ele mostra uma corrente de ouro em seu pescoço e ela reage, desconfiada e meio assustada", descreve o roteiro entregue aos atores.

Após as imagens, o personagem de Lima Duarte fará uma reflexão. "O brasileiro gosta de festas e de futebol. Mas só vibra quando o Brasil ganha, não tem nenhuma solidariedade com os vencidos. Os brasileiros são ótimos para criticar. Criticam muito, mas não apoiam nada. O brasileiro reclama da sujeira nas cidades, mas joga lixo na rua. Reclama da corrupção do governo, mas estaciona em vagas para deficientes, suborna o guarda de trânsito, fura filas, compra produtos falsificados", discursará.

"Esse é o famoso ‘jeitinho brasileiro’", concordará Alceste. "Do qual, espero, vocês, brasileiros, não se orgulhem! E deve ser muito difícil para uma mulher crescer aqui nesse país, porque os homens assobiam para ela na rua como se ela pertencesse a todos! Uma total falta de respeito!", continuará o mafioso.

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