VAI, LEONA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Leo (Clara Moneke) em Dona de Mim; é difícil não torcer pela protagonista do folhetim
Além de ter elevado a audiência da Globo no horário pela quarta semana seguida, Dona de Mim ainda bateu o próprio recorde na Kantar Ibope na segunda-feira (27). Mas, afinal, por que a novela das sete vai tão bem mesmo com uma crise que parece longe do fim no horário nobre? Três pontos ajudam a explicar o sucesso do folhetim de Rosane Svartman.
Um deles é que, como o Notícias da TV já havia mostrado, a autora não tem medo de frustrar a expectativa do público para fazer a história andar. Se ignorar por completo os apelos do telespectador não funciona, como está acontecendo com o remake de Vale Tudo, tampouco ajuda se render a todas as pressões externas.
Até porque o espectador sempre vai torcer, nas condições normais de temperatura e pressão, para que os protagonistas fiquem juntos e os vilões paguem por suas maldades. Entregar tudo isso já no primeiro mês seria condenar uma trama ao fracasso, até porque o folhetim vive de conflitos.
Dona de Mim se tornou um dos maiores acertos recentes da Globo porque soube ouvir o telespectador na medida certa. A trama é, na maioria das vezes, bastante solar e otimista. A produção lembra até um pouco de A Dona do Pedaço, que se deu bem justamente por dar um respiro ao público em meio à turbulência política e econômica de 2019 --dos refugiados venezuelanos, passando pelos áudios da Lava-Jato às queimadas na Amazônia.
Espremida entre dois jornais, a história de Leona (Clara Moneke) também dá esse espaço para que a pessoa no sofá de casa também consiga respirar. Até a música de abertura ganhou uma versão ainda mais para cima na voz de Iza, Azzy e Sandra de Sá.
Apesar de Dona de Mim ser uma novela para cima, Rosane também não hesita em pesar o clima quando necessário. A novela estava em uma fase bastante solar, com Leo e até Marlon (Humberto Morais) tendo pequenas vitórias, quando a morte de Luisão (Adélio Lima) mudou completamente o clima.
Essa virada foi fundamental para levar o público a um processo catártico, ainda que tenha rendido novamente críticas à sua autora por fazer a versão folhetinesca do Cidade Alerta.
Ainda que Rosane realmente tenha uma tendência a abusar do drama, o segundo ponto que explica o sucesso de suas tramas é justamente não ter a vergonha de ser melodramática. Ter a capacidade de mexer com os sentimentos de quem está assistindo.
Dona de Mim pode até não ter todo o cuidado demonstrado por Bom Sucesso (2019) nesse aspecto, mas também está longe de repetir os excessos de Vai na Fé (2023). Até aqui, Rosane foi bem mais leve com Leo do que com Sol (Sheron Menezzes), mas sem deixar de movimentar sua história.
O terceiro ponto que explica a boa audiência de Dona de Mim é que dá para torcer pelos protagonistas. Clara Moneke, Juan Paiva e Rafael Vitti estão muito confortáveis em seus papéis; Humberto Morais, que estava um pouco mais preso com a trama policial, ganhou movimento na relação com Dedé (Lorenzo Reis) e com o bebê que encontrou; sem contar que Tony Ramos e Suely Franco frequentemente roubam a cena.
Até Cláudia Abreu, que pegou uma bucha daquelas com Filipa, tem recebido bons sinais do público. Para a atriz, esse desconforto que o público sente com a ação de sua personagem é um prato cheio --até porque a indiferença seria terrível para o andamento da história.
Leia também -> Resumo dos próximos capítulos da novela Dona de Mim
Dona de Mim é ambientada em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. O folhetim conta com direção artística de Allan Fiterman. No elenco, estão Clara Moneke, Tony Ramos, Juan Paiva, Rafael Vitti e Cláudia Abreu, entre outros nomes.
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