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Sem Guardião

Após crise com a Globo, 'advogado das estrelas' processa Aguinaldo Silva

Anderson Borde/AGNEWS

Aguinaldo Silva e Sylvio Guerra no lançamento de livro do novelista, no Rio, em julho de 2016 - Anderson Borde/AGNEWS

Aguinaldo Silva e Sylvio Guerra no lançamento de livro do novelista, no Rio, em julho de 2016

DANIEL CASTRO

Publicado em 25/8/2017 - 5h25

Intitulado "advogado das estrelas", Sylvio Guerra coleciona processos contra desafetos de atores como Susana Vieira e Thiago Lacerda. Desde a semana passada, no entanto, Guerra está acionando na Justiça um de seus clientes (ou melhor, ex-cliente) mais famosos, daqueles que posava de amigo: o autor de novelas da Globo Aguinaldo Silva.

Guerra defendeu o novelista em ações contra o Google e o programa Pânico. Em mais de uma ocasião, foi notícia em publicações sobre celebridades por assessorar Silva nos contratos celebrados com alunos de suas master class, cursos de roteiro em que o autor de Tieta (1989) e Império (2014) treina futuros roteiristas.

E foi justamente uma dessas master class que causou a maior reviravolta de um relacionamento que já tinha rendido até homenagem em novela (em Fina Estampa, escrita por Aguinaldo Silva em 2011, uma personagem contratou um advogado chamado... Sylvio Guerra).

Oferecida na cidade de Petrópolis (RJ) no final de 2015, a master class número 3 resultou na sinopse da novela O Sétimo Guardião. Vinte e seis alunos, que pagaram R$ 4.000 cada um, participaram da oficina em que desenvolveram personagens e encaminharam tramas. A Globo aprovou a sinopse e programou a novela para o primeiro semestre do ano que vem, na faixa das 21h.

Um dos alunos de Silva, contudo, não gostou de saber que não levaria nenhum centavo por ter ajudado a criar a novela. Diante da ameaça de ter a autoria de uma produção questionada na Justiça, a Globo exigiu novas garantias de Aguinaldo Silva. A emissora ameaçou cancelar a realização de O Sétimo Guardião.

Guerra e Silva em imagem que ilustra texto em que o autor de novelas agradece ao advogado em seu blog

O autor, então, procurou todos os seus ex-alunos e ofereceu os R$ 4.000 que pagaram de volta, corrigidos, desde que assinassem um novo contrato de cessão de direitos patrimoniais e autorais dos trabalhos realizados na master class de Petrópolis.

Silva conseguiu apresentar novos documentos dentro do prazo estipulado pela Globo. A novela, no entanto, foi adiada para o segundo semestre de 2018, mas por outro motivo (os diretores e produtores serão os mesmos de A Força do Querer, e não haveria tempo para gozarem férias entre os dois trabalhos). Mas a trama já perdeu dois de seus principais astros, Cauã Reymond e Chay Suede, realocados em De Volta Para Casa, de João Emanuel Carneiro, que irá ao ar no início do ano que vem.

Foi nessa crise com a Globo que a relação de Aguinaldo Silva e Sylvio Guerra degringolou. Segundo uma fonte do Notícias da TV, Guerra não ficou nada satisfeito com o encaminhamento e com o desfecho do caso. Gostou menos ainda de se ver substituído por outro profissional do direito.

No último dia 15, Guerra entrou com uma ação contra Silva pedindo indenização por danos morais. A ação foi distribuída à 17ª Vara Cível do Rio de Janeiro, onde ganhou o número 0207311-60.2017.8.19.0001. Corre em segredo de Justiça _ou seja, somente as partes têm acesso aos documentos.

O Notícias da TV tentou falar com Sylvio Guerra nos últimos dois dias, mas o advogado não atendeu às ligações.

Aguinaldo Silva, durante o período em que teve de renegociar contratos com ex-alunos, reafirmou a autoria de O Sétimo Guardião. A jornalistas, disse que a sinopse partiu de uma ideia sua e que nem tudo o que foi discutido na master class foi aproveitado. 

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